Governo autoriza importação de robusta
A pedido do Ministério da Agricultura, o comitê autorizou a importação de até 1 milhão de sacas de café robusta, num limite de 250 mil sacas por mês entre os meses de fevereiro e maio. Excepcionalmente, esse volume de 1 milhão de sacas terá tarifa de importação de 2%. O que ultrapassar essa cota no período pagará tarifa de 35%.
O Gecex também elevou de 10% para 35% a tarifa de importação incidente sobre qualquer carregamento de café conilon ou arábica que entrar no Brasil depois de maio. A tarifa de importação de 10% existe, mas não é aplicada porque não tem havido compras do produto do exterior.
O Ministério da Agricultura também informou que o Gecex aprovou ainda a importação de café robusta mediante operações de “drawback”, atendendo a pedido da indústria de café solúvel. Nesse tipo de operação, isenta de tarifa de importação, a indústria importa o grão e tem a obrigação de exportar o produto processado. Segundo a Pasta, não haverá limite de volume para importação dentro desse regime nem restrição de período.
A origem provável do café a ser importado pelas empresas brasileiras deve ser o Vietnã. Mas as indústrias que solicitaram as importações para enfrentar a escassez de oferta de conilon no mercado interno poderiam comprar também da Indonésia, outro produtor relevante de robusta. A importação só ocorrerá após a publicação, no Diário Oficial da União, da análise de risco de pragas do café realizada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério, e já concluída no caso do Vietnã.