Faemg celebra o Dia do Produtor Rural

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Segundo Roberto Simões, todas as ações do sistema Faemg têm o valor da conservação (Foto: Rafael Motta/Divulgação)
Segundo Roberto Simões, todas as ações do sistema Faemg têm o valor da conservação (Foto: Rafael Motta/Divulgação)

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), que completa hoje 65 anos de fundação, vem contribuindo para a evolução do agronegócio estadual. De acordo com o presidente da Faemg, Roberto Simões, as ações da entidade são balizadas conforme as novas tendências mundiais, buscando a produção sustentável e de qualidade.

Para tanto, informou Simões, a entidade tem priorizado ações inovadoras, com ênfase na produção sustentável de alimentos e investido na valorização e capacitação dos produtores rurais. Os desafios a serem enfrentados são diversos e a vocação mineira para o agronegócio é avaliada como uma forma de superar os gargalos.

“Hoje nós não abrimos mão da produção sustentável, que é uma posição que o mundo inteiro vem buscando. Todas as ações do Sistema Faemg seguem o lema de produzir conservando. Nossa produção busca a modernização, a capacitação, a implantação de tecnologia, inovação e sustentabilidade. Isso tudo com o objetivo de gerar renda e resultados positivos para o produtor. Desta forma, o produtor rural segue gerando empregos no campo”, disse.

Simões destaca que o setor agropecuário é um dos mais importantes para o País e mesmo com a crise econômica vem mantendo resultados positivos. Por isso, deveria receber maior atenção dos governos. Problemas antigos como a infraestrutura e a logística precárias, o aumento da violência e da criminalidade no campo deveriam ser resolvidos. A abertura do mercado nacional para outros países sem avaliação dos impactos no setor produtivo local e a falta de diálogo entre os governos e o setor também são problemas graves.

Uma das principais críticas do setor se referente à suspensão do Censo Agropecuário, cujos dados são base de políticas para o desenvolvimento, devido a cortes no orçamento. Os dados mais atuais foram levantados há mais de 10 anos e não retratam a realidade da produção agropecuária.

“A suspensão do Censo Agropecuário é um crime, é necessário conhecer a produção para evoluir. Precisamos que nossos eternos problemas sejam resolvidos, mas nunca recebem a devida atenção. Enfrentamos ainda a falta de estrutura, de logística, e de segurança, reivindicações que são feitas há mais de 10 anos e não somos atendidos. Vamos chegar a um ponto que a produção não poderá ser ampliada, porque não terá como armazenar e transportar volumes maiores”.

Por ser uma atividade muita sujeita a riscos, a criação de um seguro rural que realmente atenda aos produtores é uma das mais antigas reivindicações do setor e que até o momento não foi atendida.

“Falta um programa sério de seguro rural, que garanta a renda do produtor. É muito difícil manter uma atividade sujeita a riscos sem uma segurança. Por exemplo, viemos de dois anos de seca, que prejudicou o café. Esse ano era a grande safra, a grande esperança. Pois bem, choveu após a colheita, pegou o café no terreiro, derrubou grãos dos cafezais, o que afetou a qualidade. Vamos, outra vez, ter problemas no setor. E o produtor segue sem garantia de renda”.

Mesmo com a crise econômica e todos os gargalos, o setor segue em evolução. “Cremos, firmemente, que o País se recuperará. O agronegócio continua firme e vamos continuar nesta tarefa que é nossa vocação. O que depende da nossa parte é feito com competência, mas falta apoio para o setor. É um setor que responde prontamente, e por isso, precisa de mais atenção dos governos”.

Fonte: Diário do Comércio (Michelle Valverde) 

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