Exportação de café brasileiro cai 10,7% em 2017
Isso ocorreu em função de condições climáticas não tão favoráveis, em especial no Espírito Santo, segundo maior produtor de café robusta – variedade consumida por 42% da população mundial.
Mesmo com a redução das exportações, não houve impacto na participação do Brasil no mercado internacional. Cerca de um terço de tudo o que é consumido no mundo vem dos cafezais brasileiros. “O Brasil tem muito estoque de café e, mesmo com a redução, ainda comercializa muito mais do que os outros países”, diz Nelson Cavalhares, presidente do Cecafé.
As previsões para a safra 2018, que começa a ser colhida em maio, são melhores do que as de 2017 graças à melhoria no índice pluviométrico e a investimentos em tecnologia.
Há ainda o fator da bienalidade positiva em 2018, que é a alternância entre um ano de boa colheita e outro de safra reduzida. “Ainda existe a bienalidade positiva e negativa, mas enquanto no passado havia uma redução de até 50% em anos menos produtivos, hoje a discrepância caiu para cerca de 20% entre um ano e outro em função de novas tecnologias”, diz Cavalhares.
Entre os principais destinos do café brasileiro, os Estados Unidos seguem na liderança, com 19,9% de participação; seguidos de Alemanha com 17,5%; Itália com 9,5% e Japão com 6,7%.