Estudo prevê década de redenção do café conilon

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Uma boa notícia para os cafeicultores capixabas e brasileiros: o consumo mundial de café, principalmente dos robustas, entre eles o conilon, vai crescer muito na próxima década. Isso significa que o mercado estará aquecido e são muito boas para os produtores as perspectivas de bons lucros.

"Os analistas avaliam que os próximos dez anos poderão se confirmar como a década do grupo robusta (conilon)", destaca o secretário estadual de Agricultura, Enio Bergoli. Ele participou do 4º Fórum Coffee & Dinner, realizado em São Paulo, na última semana, e contou que os estudos apresentados no evento apontam para crescimento acentuado do consumo de café nos países produtores.

De acordo com estudo apresentado pela Olam International Limited, nos três cenários projetados, haverá crescimento do mercado. No cenário negativo de nenhuma ação para incentivar o consumo de café, seriam necessários mais 10,3 milhões de sacas de café conilon para atender à demanda do mercado mundial em 2020.

No cenário intermediário, com uma ou outra ação de estimulo ao consumo de café o mercado demandaria mais 15,3 milhões de sacas de café. E no cenário positivo com a implementação de estratégias de marketing voltadas para o consumo haveria necessidade de mais 23,1 milhões de sacas de café para atender o mercado mundial.

O café robusta (conilon) é a matéria principal do solúvel, que é o primeiro tipo de café que induz a população ao consumo. É também a porta de entrada para o mercado consumidor dos países asiáticos, que ainda tem baixo consumo, mas que tem mercado crescente e com grande potencial, explica Bergoli.

O Brasil, lembra o secretário, tem sido um exemplo para os demais países consumidores, Além de grande produtor é também grande consumidor e tem potencial para se transformar no maior mercado consumidor do mundo. Hoje, os Estados Unidos estão no topo dos países consumidores.

Os analistas que participaram do fórum mostraram que no período de 2006 a 2010 o consumo de café no Brasil teve crescimento de 5% ao ano. No Vietnã, o percentual de crescimento foi de 15%, e chegou a 9% ao ano na Indonésia. No México, o consumo cresceu 7% e na Índia, foi de 5%.

A grande diferença está no consumo per capita, que no Brasil é de 6 quilos por habitante/ano, disparadamente é o maior consumo de café por pessoa. A Índia, embora com 300 milhões de consumidores potenciais o consumo anual per capita é de apenas 90 gramas. Na Indonésia o consumo anual per capita é de 830 gramas e no Vietnã, de 830 gramas. No México, o consumo por pessoa é de 1,22 quilo.

Fonte: Gazeta Online 

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