Coca-Cola e Pepsi imitam máquinas de café para fazer bebidas em casa

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Depois da moda do café em cápsulas, grandes empresas, como Coca-Cola e Pepsi, têm investido na criação de máquinas que permitem que o consumidor faça, em casa, outros tipos de bebidas, como refrigerantes, sucos e energéticos.

A PepsiCo fez em novembro, no Brasil, o lançamento do kit Drinkfinity, composto por uma garrafa reutilizável e cápsulas que, misturadas a água, viram energéticos, isotônicos e bebidas frias à base de cafeína. Por enquanto é o único que tem o produto.

A venda é feita exclusivamente pela internet (loja.drinkfinity.com.br). Um kit com uma garrafa e dez cápsulas custa R$ 90.

Por enquanto, as cápsulas não produzem o refrigerante Pepsi, mas a possibilidade não está descartada. "O Drinkfinity é uma plataforma, e o que temos hoje é apenas a primeira expressão de suas possibilidades", diz Hernan Marina, diretor da marca.

Para ele, o produto atende ao desejo de personalização manifestado por muitos consumidores, e que é uma tendência crescente no consumo de bebidas.

Coca-Cola e Heineken em cápsulas
A Heineken lançou em novembro, na Europa, a Sub, um barril de cerveja com design chique. O consumidor insere uma cápsula dentro da máquina e ela libera a bebida gelada.

No início do ano, a Coca-Cola anunciou a compra de uma participação de 10% na Green Mountain, empresa que fabrica máquinas e cápsulas de café e bebidas quentes. A ideia é lançar cápsulas para produção de refrigerante em casa.

Chás, sucos e cafés
A impressão do executivo da PepsiCo é dividida por outras grandes empresas, no Brasil e no exterior. Em agosto, a Brastemp anunciou a criação da máquina B.blend, que permite que o consumidor faça bebidas em casa.

Usando cápsulas criadas para a máquina, é possível preparar refrigerantes, cafés, sucos e chás, entre outras bebidas. O equipamento será vendido a partir do primeiro trimestre de 2015, e os preços ainda não foram definidos.

Fernando Yunes, diretor-sênior de Novos Negócios da Whirlpool (dona da Brastemp), disse que a empresa negocia parcerias com marcas conhecidas de bebidas para a produção de cápsulas que possam ser adaptadas à máquina.

A ideia é que, no futuro, seja possível usar, na máquina da Brastemp, cápsulas de café e refrigerante de marcas líderes de mercado. Nenhum nome, porém, foi adiantado.

Tendência de mercado
A possibilidade de o consumidor se envolver na produção e dar um toque pessoal à bebida é uma tendência forte nesse mercado, diz o professor de marketing Marcelo Pontes, da ESPM.

"Existe um componente lúdico, de brincadeira, que tem sido explorado pelas empresas, e permite que o consumidor tenha uma relação diferente com o produto."

Pontes compara a nova onda com a das máquinas de café, que tem sido bem-sucedida por aqui. Segundo pesquisa da consultoria Nielsen, o volume de cápsulas de café comercializadas no país cresceu 46,5% de 2012 a 2013.

"É uma estratégia que em nada atrapalha o negócio original dessas empresas. Seus produtos vão continuar existindo fora de casa. Quem tem máquina de café expresso nem por isso deixa de ter café em pó para usar no dia a dia", diz.

Fonte: UOL (Aiana Freitas)

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