CNC pede fim dos leilões de café dos estoques oficiais

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O Conselho Nacional do Café (CNC) manifestou à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, a contrariedade do setor com a realização de leilões de cafés dos estoques oficiais. O deputado Silas Brasileiro, presidente-executivo do CNC, em ofício enviado à ministra, argumenta que a venda de café do governo “passa a impressão de que o Brasil possui um grande volume armazenado, quando, em verdade, o nosso estoque de passagem, a ser contabilizado no final de março, será, certamente, o menor de todos os tempos de nossa história cafeeira”.

Na avaliação do CNC, a falta de compradores para as 40,5 mil sacas de 60 quilos de café arábica ofertadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na última quarta-feira já era esperada, pois o leilão foi definido sem a participação do setor privado da cafeicultura. Segundo o CNC, se fosse consultado o setor privado seria contrário ao leilão, “haja vista que estamos na iminência do início da colheita e, consequentemente, teremos cafés mais novos ingressando dentro dos próximos dois meses”.

O CNC manifestou preocupação em relação ao fato de a Conab ter anunciado um novo leilão para o dia 1º de abril, apesar do insucesso do pregão desta semana. “Diante disso, o CNC se manifesta contrário ao lançamento desse novo edital de venda e solicita, com todo o respeito, o seu cancelamento”.

O CNC diz que o governo já cometeu um equívoco ao autorizar a Conab a realizar o leilão desta semana, pois os preços foram estabelecidos preços iniciais em patamares iguais ou superiores aos valores praticados no mercado físico para produtos novos. “Recordamos que os cafés ofertados são de safras antigas, próprios para consumo, porém desmerecidos, alguns ‘esbranquiçados’, por exemplo”, diz o CNC.

Fonte: Redação Globo Rural

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