Clima prejudica produtores em MG

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De acordo com levantamento da Safras & Mercado, cerca de 27% da produção estimada da safra atual já foram colhidos, e em igual período anterior o índice era de 28%. O atraso também acontece nas liberações dos recursos do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira), o que contribui para o agravamento da crise no setor.

Um dos principais problemas causados pelas chuvas é a queda da qualidade, o que reduz a rentabilidade do produtor. A crise na cafeicultura é considerada crítica, e já com quase 30% da safra colhida os recursos para colheita e estocagem prometidos pelo governo federal ainda não foram liberados.

De acordo com o diretor da FAEMG e presidente das comissões de Café da Faemg e da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Breno Mesquita, com as chuvas a situação dos cafeicultores mineiros se agravou ainda mais. A morosidade na liberação do crédito proveniente do Funcafé está inviabilizando a atividade.

"Já estávamos enfrentando problemas sérios com relação à baixa cotação do grão, e com as chuvas tivemos a qualidade comprometida. Precisamos que o governo federal seja mais ágil nas ações para que o produtor seja atendido e se evitem novas perdas. O cafeicultor que já iniciou a colheita ainda não teve acesso aos recursos voltados. Esta situação leva à comercialização antecipada da safra para cobrir os custos, o que causa prejuízos aos produtores", disse Mesquita.

De acordo com Safras & Mercado, em Minas Gerais serão produzidas 25,8 milhões de sacas de 60 quilos. Até o dia 3 de julho já haviam sido colhidas 7 milhões de sacas, o que representa 27% da produção estimada. No mesmo período do ano passado o índice de conclusão da colheita era de 28%.

Na Zona da Mata, de uma produção estimada em 7,8 milhões de sacas, somente 3 milhões foram colhidas até a primeira semana do mês, o que representa 38% da safra. Em igual período do ano passado o ritmo estava mais acelerado e os trabalhos abrangiam 46% do total.

No Cerrado, a colheita está em torno de 20% da produção. De uma safra de 5 milhões de sacas, já foram colhidas 1 milhão. O ritmo é mais lento quando comparado com o registrado em igual intervalo da safra 2012, quando os serviços alcançavam 46%.

Já nas regiões Sul e Oeste de Minas, os trabalhos com a colheita do grão estão mais acelerados que os observados na safra anterior. Até a primeira semana de julho a colheita abrangia cerca de 23% da produção, com 3 milhões de sacas colhidas em uma safra estimada em 13 milhões de sacas. Nessas regiões, em igual período da safra anterior, o ritmo de conclusão dos serviços era de 21%.

"Nossa expectativa é de que a chuva pare ao longo das próximas semanas. Caso aconteça, será possível conservar a qualidade do café nos 70% da safra que ainda serão colhidos. Este cuidado com a preservação da qualidade do café é fundamental para agregar valor ao grão", disse.

No país, a colheita da safra de café já atingiu 44% da produção estimada. A colheita está adiantada em relação a igual período do ano passado, quando 40% estavam colhidos. Ao todo, devem se produzidas no Brasil 52,9 milhões de sacas de 60 quilos.

Fonte: Portal do Agronegócio

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