Chuvas no Brasil

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A confirmação das chuvas na região Sudeste do Brasil voltou a pressionar os preços do café no mercado internacional na quinta-feira. Dono da maior produção mundial, o país vinha sofrendo com um longo período de estiagem. Mas, nos últimos dias, as regiões cafeeiras têm recebido chuvas, o que garante que a florada não sofra "abortamento" e permite um bom desenvolvimento das plantas.

Na bolsa de Nova York, os contratos de café com vencimento em março recuaram 200 pontos, a US$ 1,753 por libra-peso. A queda nos Estados Unidos também está relacionada a um movimento de realização de lucros, depois dos altos níveis alcançados pelo café. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para o produto ficou em R$ 309,42, com alta de 0,38%. 

Mais exportações Os contratos futuros do algodão atingiram ontem o preço máximo permitido pela bolsa de Nova York, influenciados pela alta demanda da China, Indonésia e Turquia. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA, o país vendeu 556 mil fardos de algodão na semana encerrada em 30 de setembro, seis vezes mais que o mesmo período do ano anterior. A China foi, sozinha, responsável por 56% dos embarques. "A demanda em alta continua, e a China é um importador consistente", diz Louis Barbera, broker da VIP Commodities, em entrevista à Bloomberg. Em Nova York, os papéis para dezembro subiram 400 pontos a US$ 1,0375 por libra-peso. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o algodão ficou em R$ 2,2015 a libra-peso, queda de 0,56%.

Demanda asiática Os contratos futuros de soja encerraram o dia em alta ontem, na bolsa de Chicago, devido ao aumento na demanda asiática pelo produto americano. Os Estados Unidos, maiores produtores de soja do mundo, exportaram 947 mil toneladas de soja na semana encerrada em 30 de setembro, incluindo 624 mil toneladas para a China, informou o USDA.

Com isso, os papéis com vencimento em janeiro de 2011 subiram 3 centavos de dólar, para US$ 10,75 por bushel. "As compras chinesas continuam a direcionar os negócios americanos", disse Roy Huckabay, vice-presidente executivo do Linn Group, de Chicago, em entrevista à Bloomberg. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos ficou em R$ 42,14, com alta de 0,05%.

Corte na produção As cotações de milho na bolsa de Chicago voltaram às altas, pressionadas pela aposta de que haverá corte da previsão da safra de milho americana. Os contratos com vencimento em março encerraram o pregão com o bushel a US$ 5,0750, valorização de 8,25 centavos de dólar.

De acordo com a Bloomberg, há especulações de que os Estados Unidos irão cortar sua previsão pela segunda vez em dois meses depois que inundações e calor afetaram as lavouras. A produção pode cair para 12,977 bilhões de bushels de um recorde de 13,3 bilhões de bushels do último ano, segundo pesquisa da Bloomberg. O governo americano irá atualizar suas estimativas hoje. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq fechou ontem em R$ 23,90, queda de 0,26%. 

Fonte: Valor Econômico

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