Chuva de granizo faz camada de gelo interditar ruas no Sul de Minas

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Uma frente fria e o fenômeno chamado de Vórtice Ciclônico – ventos fortes que giram no sentido horário – provocaram a chuva de granizo que atingiu o Sul de Minas na noite deste domingo (18), segundo o Instituto Somar de Meteorologia. Em São Sebastião do Paraíso (MG), os ventos passaram dos 105 km/h e o granizo intenso acumulado interditou ruas da cidade. Segundo o Corpo de Bombeiros, a camada de gelo chegou a 10 centímetros em alguns bairros.

De acordo com o meteorologista da Somar, Celso Oliveira, o fenômeno é comum, mas chuva não é normal nessa época do ano no Sul de Minas. "O Vórtice Ciclônico faz um movimento semelhante a um tornado, mas numa área muito grande, só podendo ser observado por satélite. Nuvens carregadas e chuvas de granizo costumam acontecer após o fenômeno, já que, por a temperatura estar muito baixa nessa época do ano, quando a chuva cai, o gelo não derrete e o granizo se forma intensamente", explica. O fenômeno se formou sobre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Sul de Minas neste domingo, mas o evento meteorológico mais extremo foi registrado em São Sebastião do Paraíso, com a ocorrência de granizo intenso.

Nesta segunda-feira (19), a previsão ainda é de chuva e ventos fortes na região, segundo o Instituto Somar, e o fenômeno pode se repetir no Sul de Minas.

A estação meteorológica da Cooperativa dos Produtores Rurais de São Sebastião do Paraíso (Cooparaíso), registrou ventos de 106 quilômetros por hora, com 17,8 milímetros de chuva por volta de 18h deste domingo (18). A chuva durou cerca de 15 minutos. Alguns acidentes e saídas de pistas foram registrados pela polícia rodoviária, mas sem gravidade. Moradores aproveitaram para brincar nas ruas, que pareciam estar cobertas por neve.

Técnicos da Cooparaíso vistoriam as lavouras de café no entorno da cidade nesta segunda-feira, para levantar possíveis prejuízos pela chuva de granizo. Segundo a cooperativa, a chuva concentrou-se no perímetro urbano de São Sebastião de Paraíso, e em cerca de 70% das plantações de café já percorridas durante a vistoria, os estragos foram pontuais, somente em poucos hectares.

Fonte: G1 Sul de Minas

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