Cafeicultores investem na mecanização da lavoura

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 Café verde atrasa colheita semi-mecanizada

Produtores de café estão investindo na mecanização das lavouras, em Varginha. A ideia é reduzir os custos. As derriçadeiras ganharam espaço principalmente nas pequenas e médias propriedades. “Foram batizadas como mãozinha de colher de café”, disse Carlos Machado produtor experiente.

Segundo o agricultor, com a derriçadeira é possível colher em um dia cerca de 40 a 50 medidas de 60 quilos. Antes para apanhar a mesma quantidade manualmente seriam necessárias quatro pessoas. É por conta do rendimento e baixo custo com mão-de-obra, que estas máquinas têm se tornado cada vez mais comum nas lavouras de café.

O funcionamento é simples: várias hastes de nylon vibram e os frutos caem dos galhos. Quanto mais maduros, mais facilmente eles se desprendem. A máquina evita que Café verde atrasa colheita semi-mecanizada o apanhador machuque as mãos ou estrague os galhos.

Grãos verdes

Para que o processo tenha bom resultado no rendimento é necessário que todos os grãos caiam totalmente amadurecidos. Mas os produtores de café reclamam que o amadurecimento não está uniformizado. O fato é devido às várias floradas que ocorreram nesta safra, em épocas diferentes. A quantidade, de grãos verdes, superior ao de maduros atrapalha a colheita de máquinas costal que são as roçadeiras adaptadas com suporte no lugar das lâminas e discos.

Francisco Sérgio de Assis, presidente do Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado – Caccer, explicou que vários problemas climáticos atrasaram o início da colheita, como floradas tardias seguidas por períodos de chuvas intensas. Além de uma temperatura média no acumulado do ano de aproximadamente 2°C abaixo do normal, o que também atrasa a maturação os frutos.

“O atraso se dá porque há a necessidade de ter um percentual de pelo menos 80% de grãos maduros nos pés. E está longe disso. Hoje o cafezal está muito verde. Se não esperamos para colher, nesses casos, prejudica a qualidade”, declarou.

Mecanização

A produção cafeeira, nos tempos atuais, deve levar em conta o fator redução de custos. Os preços internacionais do produto não são os mais remuneradores. Insumos, como fertilizantes e herbicidas têm preços relativamente altos. Assim, o cafeicultor que não encontra alternativas verdadeiramente econômicas corre o risco de não contar com subsídio financeiro suficiente ao final da safra, ou até mesmo sofre com prejuízos.

Certamente, um dos maiores “pesos nas costas” do produtor nos dias atuais reside no custo da mão-de-obra. A disponibilidade de trabalhadores diminui dia-a-dia e os gastos para manter o pessoal resceram muito ao longo dos últimos anos. Sendo assim, o processo de colheita, que é o que depende de um volume mais substancial de trabalhadores, vem passando por uma transformação radical.

A necessidade de mecanização é uma realidade e ela tem o poder de ser a chave da redução de custos da lavoura, permitindo que produtor possa, efetivamente, conseguir lucro com o seu café. “Nós temos vários problemas hoje. Não estamos mais podendo ransportar os trabalhadores em certos veículos. Então, encareceu ito a mão de obra. Por isso, o pessoal está procurando mecanizar”, justificou Arnaldo Botrel, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha.

O processo de mecanização da colheita cafeeira omeçou a tomar forma há pouco tempo, através do desenvolvimento de equipamentos que conseguiram obter resultados satisfatórios. 

Fonte: Gazeta Rural (suplemento quinzenal da Gazeta de Varginha)

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