Café recua em NY, mas consegue preservar suporte

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Os contratos futuros de café arábica encerraram esta quinta-feira com perdas na ICE Futures US em Nova Iorque.

Ao longo da sessão, as perdas chegaram a níveis consideráveis, no entanto, ao mercado demonstrar um suporte bastante interessante no patamar de 180,00 centavos de dólar por libra peso, algumas recompras foram processadas e, ao final do processo, as perdas aferidas não foram tão intensas.

O mercado se moveu baseado basicamente em cima de fatores técnicos, com o dezembro se dissociando da média móvel de 40 dias, o que deu motivação para que novas vendas fossem processadas.

Com isso, rapidamente o mercado começou a registrar retrações e se aproximaram do suporte. No entanto, nesse nível, vários players passaram a efetuar ofertas e uma reacomodação para cima foi identificada. O mercado externo não teve influência direta para o café.

O dólar voltou a demonstrar estabilidade em relação a uma cesta de moedas internacionais. Com o dólar em alta, a tendência do mercado é de retração, já que os players se motivam a vender e obter lucros em outras moedas. Já com um cenário como o desta quinta-feira, os players tendem a ignorar a moeda e basear seus "lances" em fatores técnicos ou fundamentais.

As chuvas na América Central continuam sendo bastante comentadas entre os operadores de mercado. As precipitações não trouxeram prejuízos mais intensos para as plantas, entretanto, a infra-estrutura das zonas produtoras de vários países foi afetada, o que poderá fazer com que o escoamento da produção sofra problemas consideráveis.

No encerramento do dia, o dezembro registrou queda de 270 pontos, com a libra a 183,05 centavos, sendo a máxima em 187,45 e a mínima em 180,10 centavos por libra, com o março tendo oscilação negativa de 270 pontos, com a libra a 184,55 centavos, sendo a máxima em 188,70 e a mínima em 181,75 centavos por libra.

Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro teve perda de 15 dólares, com 1.722 dólares por tonelada, ao passo que o janeiro registrou desvalorização de 20 dólares, com 1.746 dólares por tonelada. "O mercado demonstra uma tendência de baixa, o que foi evidenciado nesta semana. Acreditamos que a recente correção pode ser estendida mais um pouco.

O mercado tende no curto prazo a buscar um nível de 175,00 ou 170,00 centavos, apesar da zona de compras próximo de 180,00 centavos", disse um trader. O Brasil registra uma semana de boas chuvas nas regiões produtoras, depois de uma temporada de seca intensa, que fez com que a disponibilidade hídrica do solo diminuísse de forma drástica. "Os produtores estavam ansiosos por essas chuvas, que vão ser fundamentais para a formação dos frutos", disse um agrônomo baseado no interior de São Paulo.

"Os preços declinaram e ficamos fora do nível da média móvel que vinha dando alguma sustentação nos últimos dias. Muitos players estão tentando romper os 180,00 centavos e se esse patamar for rompido teremos o acionamento de stops de venda e o mercado deverá tender para os 175,00 centavos", disse um trader. "Eu acredito que o mercado tende a se mostrar baixista no curto prazo.

A correção ainda não terminou", complementou. As exportações de café do Brasil em setembro, até o dia 29, somaram 2.444.206 sacas, contra 1.567.042 sacas registradas no mesmo período de agosto, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 3.425 sacas, indo para 1.959.146 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 15.967 lotes, com as opções tendo 5.849 calls e 4.812 puts.

Tecnicamente, o dezembro na ICE Futures US tem uma resistência em 187,45-187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,50, 190,00, 190,50, 191,00 e 191,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 180,10-180,00, 179,50, 179,00, 178,50, 178,00, 177,50, 177,00, 176,50 e 176,00 centavos por libra.

Fonte: Agnocafe

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