Café com tecnologia

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Depois de mais de 50 anos sem mudanças em sua estrutura arquitetônica e cenográfica, o Museu do Café passou por uma reforma e foi reinaugurado no último domingo. Cerca de R$ 200 mil foram investidos na revitalização do museu pelo apoio de algumas empresas da cidade, que receberão o título de “Empresa Amiga da Cultura”. Além das mudanças no visual, o principal acervo sobre a época cafeeira do Brasil agora conta também com quatro computadores e um televisor LCD para a exibição do documentário “Filhos do Café”.

O diretor do Museu Histórico e Museu do Café, Daniel Basso, conta que não precisou de muito tempo para a modernização do local. “Não foram mais do que 15 dias de reforma. Pintamos, fechamos algumas janelas, reformamos o telhado, colocamos painéis narrativos e iluminação direcionada”, disse. Para Basso, a nova cenografia do Museu agrega mais valor ao acervo e às exposições. “Recebemos muitas escolas, quase toda semana. As crianças ficarão mais interessadas com o visual moderno e os computadores”, contou. O museu recebe cerca de 12 mil alunos por ano, sendo a maioria do Ensino Fundamental, e tem a quarta maior média de visitação entre os museus de São Paulo.

Para a historiadora Lílian Rodrigues de Oliveira Rosa, uma das principais mudanças foram a instalação dos painéis narrativos. “Antes a exposição ficava fora de contexto. Agora, os visitantes podem entender melhor como foi a história da nossa terra e qual foi a importância do café para o País”, afirmou. Lílian conta que investir na conservação de acervos históricos é uma maneira de valorizar o próprio município. “O ribeirão-pretano precisa se apropriar da sua própria história”, opinou.

Segundo o diretor do Museu do Café, a instituição também conta com um projeto de reintegração social. “Temos funcionários que fazem a segurança e cuidam da jardinagem dos museus como forma de cumprir penas alternativas”, disse. Basso conta também que para auxiliar os visitantes, alunos universitários de cursos como História e Turismo fazem a monitoria dos espaços. “É importante ter alguém que sabe do que esta falando junto ao visitante”, completou.

SERVIÇO
Visitação: segundas a sextas das 10h às 16h30; sábados das 12h30 às 16h30; domingos e feriados das 9h às 16h30.

Computador é ferramenta adicional

Para despertar mais interesse dos visitantes mais jovens, parte da verba da reforma foi investida na compra de quatro computadores para o Museu do Café. “Nos computadores há dois jogos, os depoimentos completos que foram editados para o documentário e muitos materiais para pesquisadores da área”, disse o diretor dos museus Histórico e do Café, Daniel Basso. Em um dos jogos, a criança é convidada a fazer uma viagem pelos trilhos que ligavam Ribeirão Preto ao porto de Santos a bordo da Maria Fumaça dos tempos cafeeiros. O outro jogo é o Trivia, que na realidade é um questionário interativo onde o aluno precisa responder questões referentes à história do café. “Se ele prestar atenção na exposição, com certeza irá acertar todas as perguntas”, disse Basso.

A historiadora Lílian Rodrigues de Oliveira Rosa acredita que a interação entre a exposição e os jogos virtuais é um ótimo caminho para o aprendizado. “As crianças podem aprender brincando, do jeito que elas gostam”, afirmou.

* Renato Vital 

Gazeta de Ribeirão

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