Brasil deve colher 42,15 mi de sacas de café em 2015

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Fatores climáticos mais uma vez tiveram reflexos na produção brasileira de café, estimada em 42,15 milhões de sacas na safra 2015, com recuo de 7% em comparação com a produção de 2014. As temperaturas extremamente elevadas e chuva abaixo da média afetaram o desenvolvimento vegetativo da lavoura do grão, principalmente em Minas Gerais e Espírito Santo, que representam 75% da produção nacional. Os números constam do terceiro levantamento da safra, divulgado nesta terça-feira (29), em Brasília, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, João Marcelo Intini, considera a situação preocupante porque a cultura do café está sujeita às influências climáticas. “Mas, ao mesmo tempo, é uma cultura que também reage positivamente e se recupera bem em condições favoráveis.”

Exemplo disso, assinala Intini, é o Paraná, que teve incremento de 116,6% em relação à safra anterior, alcançando 1,2 milhão de sacas do grão. “O parque cafeeiro no estado se beneficiou com o clima favorável durante o ciclo produtivo, garantindo boa formação dos frutos. As chuvas que ocorreram em volume satisfatório também beneficiaram a granação e a maturação dos frutos.”

Espírito Santo teve queda de 19% na produção, saindo de 12,8 milhões de sacas de café, principalmente da espécie conilon, em 2014, para 10,3 milhões de sacas este ano. “A baixa produção e produtividade se refletirão na renda dos cafeicultores capixabas”, analisa o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, André Nassar. “Apesar do cenário favorável do ponto de vista do mercado, temos que acompanhar a capacidade de pagamento dos financiamentos contratados”, disse o secretário.

Maior produtor de café arábica, Minas Gerais apresenta uma retração de 3,5% na safra deste ano, estimada em 21,8 milhões de sacas. O destaque ficou por conta da Zona da Mata Mineira, com aumento de 26,4% e uma produção de 6,7 milhões de sacas.

A pesquisa da Conab também revela que cerca de 308 mil hectares em áreas em formação podem representar que o produtor mantenha a perspectiva de uma boa safra e que comercialize bem a produção, sinaliza Intini. “A decisão do cafeicultor de continuar na atividade, aliado a um clima favorável, bons preços e a retomada dos tratos culturais trarão resultados significativos para a economia.”

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Fonte: MAPA

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