Arábica do Brasil chega a Bolsa de Nova Iorque

Imprimir

 O corretor Luiz Antônio Furlan vê a novidade com precaução.

Depois de 20 anos, o Brasil conseguiu espaço para negociar café arábica na Bolsa de Nova Iorque. Os testes de qualidade realizados pelos peritos da bolsa concluíram que há qualidade nos Cafés do Brasil e que o produto está em conformidade com as especificações e os padrões de qualidade do contrato do tipo C.

A notícia foi bem recebida pelos corretores de Varginha. Para o corretor Alemão do Café, o café terá um deságio de até 30% em relação ao café da Colômbia. “Mas tá bom, já é um começo, conseguimos colocar o café lá, agora é insistir para conseguir o espaço que o café fino brasileiro merece”.

O corretor Luiz Antônio Furlan vê a novidade com precaução. Ele informa que os países que já negociam com a bolsa tinham receio de que o café do Brasil poderia inundar o mercado. “Há vários entraves. Para se ter ideia, o Brasil é o país que terá mais desconto para vender na bolsa”. Nesse caso, desconto não é uma boa notícia. A Colômbia ganha 200 pontos de prêmio ao negociar com a bolsa. Doze países (como Peru, Tanzânia, Quênia e Nova Guiné) têm o preço cheio (sem desconto nem prêmios).

O café do Brasil terá 900 pontos a menos. “Pelo menos no início o produtor não vai achar atraente negociar o café na Bolsa de Nova Iorque. Vai achar melhor vender para o exportador brasileiro, que paga melhor. Mas pelo menos quebramos um paradigma muito grande”, afirma.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de café deverá alcançar 48 milhões de sacas nesta safra. 

Fonte: Blog do Madeira

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *