Alta no preço do café não chega ao produtor rural, enfatiza Faes

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A escassez de chuvas no Espírito Santo no início de 2010 ainda se reflete no setor cafeeiro capixaba. Como o grão não se desenvolveu suficientemente, a produção perdeu tanto em quantidade e como em qualidade. O reflexo será sentido pelo consumidor, que deve enfrentar alta de 12% no preço da bebida, como tem anunciado o Sindicato das Indústrias de Torrefação e Moagem de Café do Estado do Espírito Santo – Sincafé, valor que não é repassado ao produtor rural.

“Perdemos cerca de 30% de nossa colheita da última safra por conta da falta de chuva. O preço da saca de café hoje, não cobre nem o custo da produção, que cresceu aproximadamente 30% em relação a 2009. Valor decorrente da elevação do preço da mão de obra, dos insumos e dos investimentos em tecnologias para a melhoria da produção. A situação é realmente preocupante”, comenta o presidente da Comissão Técnica de Café da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo – Faes, José Umbelino de Castro.

Um agravante para os cafeicultores é a falta de incentivo do Governo Federal que ainda não liberou o financiamento para colheita do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Os capixabas já colheram cerca de 60% do café das lavouras, e ainda não tiveram acesso ao dinheiro, que ajudaria nessa fase. Prejuízo para os cerca de 60 mil produtores de café do Espírito Santo.

Entre agosto e setembro, 47 milhões sacas de café vão entrar no mercado, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab. “Se o Governo não lançar um programa de sustentação de preços, a tendência é que o produtor receba bem menos e amargue prejuízos ainda maiores”, enfatiza José Umbelino.

Dados do café capixaba

– O preço da saca de café Conilon no Espírito Santo gira em torno de R$ 243.

– A média de preços do café tipo 6 Bebida Dura é de R$ 207, para o tipo 7 Bebida Rio, R$ 167.

– O preço da saca de café Arábica no Estado está cotado em R$ 160 para o tipo 7 e R$ 168 para o tipo 8.

– O custo da produção subiu 30% em relação ao ano passado.

– A perda foi de 30% na colheita e no beneficiamento do café, decorrente da falta de chuvas.

– O Espírito Santo possui 60 mil propriedades rurais cafeicultoras.

– A área de cafeicultura capixaba é de aproximadamente 500 mil hectares.

As informações são de assessoria de imprensa.

Fonte: Agrolink

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