Alta na renda eleva busca por café mais sofisticado

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Procura por qualidade e maior renda dos consumidores brasileiros são dois fatores que têm permitido um avanço do café gourmet. Parte dessa demanda vem sendo atendida por cafeterias locais, mas as multinacionais ocupam espaço cada vez maior nesse setor, tanto nas cafeterias como em escritórios e empresas.

A tendência é o aumento das importações nos próximos anos, principalmente porque as empresas externas optaram pela compra dos grãos do Brasil e de outras partes do mundo, mas fazem a industrialização final em seus países de origem.

Uma exceção é a italiana Lavazza, que está abrindo no Rio a primeira fábrica fora da Itália. A empresa deve abastecer tanto o mercado interno como o da América do Sul com o produto da unidade.

Outro fator alegado pelas empresas para industrializar o café fora do Brasil é a dificuldade enfrentada na importação do produto em grão de outros países, fundamental para a formação de "blends" (misturas).

MISTURA

Para solucionar esse problema, algumas indústrias brasileiras já abrem filiais em outros países. É o caso da Café Bom Dia, que passou a industrializar café em Seattle (EUA). A empresa importa café em GRÃOS do Brasil e de outros países e reenvia parte do produto torrado e moído para o mercado brasileiro.

A diversidade de cafés e de regiões do país permitiria, no entanto, a produção de "blends" específicos para exportação de produto industrializado. Os valores das exportações de café torrado e moído são mínimos em relação ao que o país fatura com a venda total de café em GRÃOS.

As exportações totais de café do Brasil devem atingir US$ 5,5 bilhões em 2010, mas as de café torrado e moído, que têm maior valor agregado, devem ficar em US$ 20 milhões.
Embora 50 países tenham recebido café torrado e moído do Brasil em 2010, as exportações no acumulado até novembro somaram apenas US$ 19,8 milhões, um pouco acima dos US$ 19,5 milhões gastos com as importações no mesmo período.

Quatro países se destacam nas compras de café torrado do Brasil: Estados Unidos (US$ 9,5 milhões), Itália (US$ 3,4 milhões), Argentina (US$ 1,4 milhão) e Japão (US$ 1,1 milhão).
A Suíça, destaque do ano das exportações para o Brasil, importou somente US$ 1.685 até novembro.

Fonte: Folha de S. Paulo

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