Agronegócio mineiro avança em junho e no primeiro semestre de 2014

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O agronegócio mineiro avançou 0,84% em junho e 4,74% no acumulado do ano, conforme dados disponíveis até junho/14. Dessa forma, Minas Gerais apresenta perspectiva de ligeiro avanço em sua participação no PIB do agronegócio nacional, de 12,98%, em 2013, para 13,38% em 2014.

Cabe ressaltar que, ao longo do ano, este percentual pode passar por alterações, devido a atualização de dados referentes ao agronegócio em termos nacional e estadual. O ramo pecuário teve alta mensal de 1,75%, enquanto o agrícola apresentou ligeira queda de 0,06%.

Cabe destacar que alguns produtos de grande representatividade na economia mineira já passaram a apresentar variação positiva na renda, como o café (3,36%) e a soja (7,04%).

Mas, os efeitos das condições climáticas desfavoráveis do início do ano (estiagem) ainda vêm sendo observados, tanto em prejuízos à produtividade quanto à qualidade de diversos produtos.

Na atividade pecuária, a expectativa deste ano continua bastante otimista, notadamente para bovinos, com crescimento no faturamento esperado para o ano acima de 30% (32,04% para machos e 39,35% para fêmeas).

Em todos os setores acompanhados (bovinos, frango, leite, ovos e suínos) há a perspectiva de aumento nos volumes produzidos, porém frango e ovos apresentam perda de receita, em função da queda nas cotações reais na comparação com o mesmo período do ano anterior (janeiro a junho 2014/2013).

Em relação à agroindústria, houve crescimento moderado no mês (0,39%), puxado principalmente pelo segmento pecuário (1,56%), diante da relativa estabilidade do segmento agrícola (0,15%). No ambiente econômico, passada a Copa do Mundo e considerando-se as expectativas em relação ao cenário mundial até junho, as perspectivas ainda mostram-se desfavoráveis, em razão de incertezas do mercado com relação a investimentos e expectativas futuras.

Os preços agropecuários estão em relativa desaceleração, colaborando para o desaquecimento da economia interna. A queda de confiança que se observa entre consumidores e empresários também se refletem no consumo e no investimento.

Segundo último levantamento da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), o índice de confiança do agronegócio apresentou queda acentuada no segundo trimestre de 2014.

A proximidade das eleições também vem despertando a atenção do mercado. Em meio a esse cenário, os setores que compõem o agronegócio brasileiro podem ser afetados, principalmente em relação a investimentos e decisões de longo prazo.

Fonte: Cepea

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