Agrocafé: Niclevicz levou o café do Brasil para os maiores topos do mundo

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Acreditar, planejar, vencer o medo e preparar-se para o inevitável. Na platéia lotada do salão plenário do 12º Agrocafé, as palavras de ordem não vinham de um consultor do agronegócio, mas de um alpinista, o mais famoso do Brasil, Waldemar Niclevicz. Com um currículo de escaladas que inclui os sete cumes do mundo, mais de cem montanhas escaladas, e o título de primeiro brasileiro a escalar o Everest, Niclevicz tonou-se quase um especialista em café.

A palestra de hoje pela manha é a oitava que ele profere para a cadeia produtiva do grão, inspirando centenas de produtores, mais ainda no momento de escalada dos preços. Entre os topos, “big walls” e a cafeicultura, Niclevicz vê semelhanças. “O cafeicultor brasileiro tem espírito de luta. É um vencedor.A cultura já passou por muitos momentos, desde a chegada, a adaptação, os altos e baixos do mercado, e continua sendo importante e definitiva não apenas para a economia, mas como um valor cultural do brasileiro”, diz o alpinista, que sempre leva café em suas escaladas, que prepara com a tradicional cafeteira moca e faz questão de presentear os amigos em outros países com o autêntico café brasileiro.

“Gostaria de ver mais disseminado no Brasil o amor pelo café, como vemos em países como a Colômbia, onde a visita às propriedades produtoras é um programa típico e a cultura do café está na alma do povo”, sonha o alpinista, que levou o café do Brasil para o Everest. Na platéia, olhos atentos, o agricultor familiar Paulo Benedito de Souza acompanhava com interesse as peripécias de Niclevicz. “É mais difícil que plantar café. Tem, de ter muita coragem e dom”, arriscou o produtor, que planta dois hectares de café arábica em Placa de Barra da Estiva, na Chapada Diamantina, onde também é presidente da associação de produtores.

“Vim aqui em busca de mais informação. Meu café é bom, mas quero melhorar ainda mais a qualidade”, explicou, afirmando que toca sozinho a plantação, pois os filhos não se interessam pela atividade. “Esse era o espírito que queríamos”, afirmou o presidente da Assocafé, João Lopes Araujo. “Motivar o produtor, sobretudo o pequeno, fazendo com que ele perceba que toda atividade tem sua montanha a escalar.

Vale muito a pena aproveitar o exemplo de sucesso e as dicas do Waldemar Niclevicz para traçar nossos próprios caminhos”, concluiu João Lopes Araujo. O 12º Agrocafé é uma realização da Assocafé, juntamente com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do Centro de Comércio de Café da Bahia, tendo como patrocinadores o Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria da Agricultura (Seagri) e da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), Ministério da Agricultura (MAPA), Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Sebrae e Petrobras.

Fonte: AgnoCafe

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