ACA comemora sucesso da Fenicafé 2012

Imprimir

A Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) comemora o sucesso da Fenicafé – Feira Nacional da Cafeicultura Irrigada. Referência mundial em café irrigado e tecnologia para a cadeia produtiva, a Feira aconteceu de 28 a 30 de março no Pica Pau Country Club em Araguari, no Triângulo Mineiro e apresentou o tema “As melhores idéias em tecnologia de irrigação”. A ACA estima que cerca de 20 mil pessoas entre produtores, empresários, comunidade científica, estudantes e comerciantes ligados à cafeicultura brasileira, representando 150 cidades de 12 estados Brasileiros, tenha passado pelo evento, durante os três dias de sua realização. O evento é programado durante todo ano e envolve o trabalho de mais 850 profissionais.

Pesquisadores especialistas em Cafeicultura Irrigada, em mercado cafeeiro e também meio ambiente expuseram as mais recentes pesquisas em um encontro que congrega simultaneamente três eventos: o XVII Encontro Nacional de e Irrigação da Cafeicultura do Cerrado, a XV Feira de Irrigação em Café do Brasil e o XIV Simpósio Brasileiro de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada.

Realizada com o objetivo divulgar a importância da irrigação e seus sistemas, a Fenicafé em 2012 apresentou lançamentos de produtos e equipamentos, bem como os resultados de pesquisas para o incremento da produtividade e da qualidade do café do cerrado brasileiro. O evento é uma realização da Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) – Café do Cerrado Brasil e conta com o apoio da Embrapa/Café – Prefeitura Municipal de Araguari, Ministério da Agricultura e Sebrae/MG. Mais de 60 expositores ocuparam os 95 stands da feira, que além de cursos e palestras reservou muitas atrações aos participantes.

Abertura
Autoridades nacionais, relacionadas ao setor cafeeiro, participaram da abertura, dentre elas destaca-se, Autoridades nacionais, relacionadas ao setor cafeeiro, participaram da abertura, dentre elas destaca-se: Nilvado Ribeiro, presidente da ACA, Elmiro Alves do Nascimento, secretário de Agricultura do Estado de Minas Gerais; Francisco Sergio de Assis, presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado; Marcos Coelho de Carvalho, prefeito de Araguari; Ronaldo Scucato, presidente da Ocemg; Tenente Cel. Rony Prudente Cavalcante, comandante do 11o. Batalhão de Engenharia de Construção de Araguari; Tenente Cel. Volney  Halan Marques, comandante do 53o. Batalhão de Polícia Militar; Susana Kanadani Campos, representante Emater; Rogério Nunes, coordenador estadual do Educampo; Alysson Paulinelli, ex-ministro da Agricultura; Rogério Agelis, representante da secretaria do Meio Ambiente; Breno Mesquita, diretor da FAEMG – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, entre outros.

Nivaldo Souza Ribeiro, fez o discurso de abertura, em tom de desabafo com as dificuldades que a cafeicultura tem enfrentado. Nivaldo destacou que a Fenicafé é um evento já de tradição da cafeicultura moderna brasileira. Observou que a feira apresenta as novidades na irrigação, pesquisas, manejos e variedades de café. O dirigente da ACA disse ainda que sempre é questionado sobre o volume de vendas de máquinas e equipamentos na feira, mas que o mais importante é o conhecimento que vem da Fenicafé, das palestras, debates e demonstração das novas tecnologias. “Precisamos cada vez produzir mais com agricultura sustentável, ambientalmente e socialmente, porque o mundo precisa”, afirmou Nivaldo. “Mas, há muitas dificuldades”, desabafou, destacando que as discussões ambientais – e o código florestal é o foco no momento – parecem só valer para as áreas rurais. Questionou o porquê dos ambientalistas não serem severos da mesma forma no que diz respeito às áreas urbanas.

“A Fenicafé cresce a cada ano e a sua realização é de importância fundamental para a cafeicultura brasileira. Poucas regiões produzem café irrigado. E essa irrigação promoveu, ao longo dos anos, a busca de alternativas por parte dos produtores e do aumento da produtividade. Isso faz com que pessoas de várias regiões venham conhecer os sistemas de irrigação e as técnicas que estão sendo agregadas”, completa.

Souza acredita que a Fenicafé é uma oportunidade para os cafeicultores e técnicos tomarem conhecimento dos resultados das pesquisas e também apontar demandas para novos estudos.

A mostra
A mostra é também ponto de debate e difusão de tecnologia para o segmento. No momento em que o produtor se prepara para iniciar a colheita, as lideranças traçam os rumos e políticas para o setor. O desafio do momento é o mercado, de acordo com o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado (FCC), Francisco Sérgio de Assis.

“Nós temos que lembrar que a safra se aproxima e os fundos trabalham muito com especulação. É importante ter pé no chão, participar do mercado, fazer mídia e não arriscar muito, porque tem que respeitar esse trabalho da safra, mas lembrar que os estoques estão muito baixos”, aponta.

O centro de debates da FeniCafé fica lotado, crescem as especulações e o produtor vai em busca de informação. Até mesmo as cooperativas estão buscando acompanhar as tendências com gestões mais agressivas. “As cooperativas estão se profissionalizando. Não só na parte de produção, mas também a gestão corporativa na cafeicultura está mais aprimorada”, afirma Ronaldo Scucato, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Sistema Ocemg).

Segundo o presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari, Nivaldo Sousa Ribeiro, produtores, exportadores e representantes do governo querem uma saída em conjunto com adoção de políticas consistentes para que possam ter efeito em momentos de instabilidade no preço do café. “Nós não podemos chegar na boca de uma safra grande e o governo não ter mecanismo para segurar preços. É fundamental debater entre governo e exportadores para ver qual atitude tomar diante de uma safra grande”, aponta.

Legislação ambiental
Outro assunto muito discutido durante a Feira de Irrigação foi à legislação ambiental. O deputado federal Paulo Piau disse que o texto deverá ser finalizado e a votação ser realizada em torno de 20 de abril. Alguns pontos ainda estão em debate e a tentativa é se chegar a um "termo de convergência máxima", que não exclua um produtor de sua atividade e também que não permita que fique sequer um metro quadrado de área que precise de preservação ambiental sem proteção. Já Pedro Brancalion, do laboratório de Silvicultura Tropical da Esalq/ USP, apresentou soluções para a “adequação ambiental de propriedades produtoras de café”. O pesquisador disse que tudo é uma questão de planejamento cuidadoso da propriedade. “Na maioria dos casos, quando é feito um planejamento adequado as perdas são mínimas e as vantagens associadas a essa adequação ambiental, compensam essas perdas. No caso especificamente do café, existe um ágil proporcionado pela certificação, melhoria no controle de pragas, valorização estética da propriedade, inclusive a exploração de produtos florestais da reserva legal”, explica.

2013
Em, 2013, a Fenicafé já tem data marcada para acontecer. O evento acontece de 20 a 22 de março. O presidente da ACA, Nivaldo Ribeiro, disse que em 2012, o evento foi um sucesso não só de público, como também de exposição e debates. “Tivemos este ano, renomados palestrantes que trouxeram para Araguari o mais alto nível de informação em cafeicultura irrigada, de mercado e sobre temas atuais, como meio ambiente e legislação ambiental. Com certeza o produtor, que busca a baixa do custo e o aumento da produtividade, conseguiu levar algo novo para sua propriedade. Vamos trabalhar para que 2013 o evento mantenha esta qualidade e supere o volume de negócios realizado em 2012”,finaliza. 

Fonte: Assessoria de comunicação Fenicafé

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *