12ª edição do Agrocafé é a mais bem sucedida

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Além da participação dos produtores, das empresas ligadas ao cultivo do grão, e da qualidade dos painéis e palestrantes, o Simpósio foi palco de importantes manifestações do setor agrícola baiano, que se uniu para pedir ao deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP), convidado de honra do Agrocafé, a exclusão da caatinga e do cerrado do Nordeste da “moratória florestal”, definida na revisão do Código Florestal. O texto, que tem na relatoria o parlamentar, deverá ser votado na Câmara Federal nos próximos dias. A próxima edição do evento já tem data para acontecer: de 12 a 14 de março de 2012.

De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araujo, este ano o Agrocafé teve um aditivo especial: os preços, que depois de mais de uma década insuficientes para compensar o produtor ante o Real valorizado, finalmente estão em alta. “Isso motivou a adesão dos cafeicultores, mesmo que nem todos tenham aproveitado este bom momento, já que venderam anteriormente sua produção. Mas, há uma esperança, baseada nos estoques mundiais em níveis críticos, de que esta situação ainda se sustente por um tempo”, prevê o presidente da Assocafé.

“Para as próximas edições do Agrocafé, os desafios serão intensificar o foco na agricultura familiar, que é a maioria no contingente de café na Bahia. O objetivo é ajudar a fazer chegar a esse produtor informação, tecnologia e crédito”, afirma João Lopes Araujo. Também a comunidade acadêmica, que já foi mobilizada este ano, terá atenção maior no próximo ano.

O objetivo, segundo o coordenador científico do Agrocafé, Guilherme Vieira, é iniciar mais cedo a submissão dos trabalhos, e premiar os melhores. “Os estudantes são um sopro de vitalidade no nosso público, e são fundamentais em um dos principais vetores de aumento da produtividade, qualidade e competitividade da cafeicultura brasileira, que é a pesquisa científica”, afirma Guilherme Vieira.

A Assocafé também comemora o sucesso dos mini cursos, que aconteceram simultaneamente às palestras de plenário, e tiveram lotação completa todos os dias. Ao todo, foram 10 cursos intensivos, que abordaram técnicas de aplicação de defensivos, qualidade, mecanização da colheita, inovações tecnológicas e variedades resistentes a pragas e doenças, irrigação, poda em cafezais, noção de classificação e o curso de barista, que, devido à grande procura em todas as edições, este ano teve duas turmas.

“O Agrocafé é um evento muito importante e foi estratégico neste momento em que a Bahia levanta sua voz para que a caatinga e o cerrado do Nordeste sejam excluídos da moratória florestal, imposta pelo artigo 47 do Novo Código. Ele também foi palco para a entrega de um diagnóstico completo da cafeicultura baiana, que vai permitir à Câmara Setorial do Café do Estado da Bahia elaborar um projeto piloto para alavancar o fortalecimento e o desenvolvimento da cafeicultura em todas as regiões. Cada uma com suas características, mas todas com cafés de excelente qualidade”, disse o secretário da Agricultura da Bahia, Eduardo Salles.

O 12º Agrocafé é uma realização da Assocafé, juntamente com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do Centro do Comércio de Café da Bahia, tendo como patrocinadores o Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria da Agricultura (Seagri) e da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), Ministério da Agricultura (MAPA), Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Sebrae e Petrobras.

Fonte: Agrocafé

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