SÃO PAULO (Reuters) – A produção brasileira de café este ano foi estimada nesta quinta-feira em 55,3 milhões de sacas de 60 kg, de acordo com avaliação mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontando acréscimo de 0,5% em relação à projeção do mês anterior.
Segundo o IBGE, a nova avaliação reflete um declínio de 0,8%na produtividade média, na comparação mensal, mais do que compensado por um aumento na projeção de área de 1,3%, para 1,95 milhão de hectares.
A colheita de café do Brasil, maior produtor e exportador global, está em andamento. Na comparação anual, o IBGE estima uma queda de 3,1% na produção, por conta de um recuo na safra de arábica.
A safra de café arábica foi prevista em 37,2 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 0,6% em relação ao mês anterior e declínio de 7,0% em relação ao volume produzido em 2024. A produtividade caiu 1,0% em relação ao número do mês anterior, ficando 6,5% em relação ao ano anterior.
“Para a safra de 2025, aguarda-se bienalidade negativa, ou seja, um declínio natural da produção em função das características fisiológicas da espécie, que nos anos pares tende a produzir mais, sacrificando a produção do ano seguinte, em decorrência de um maior exaurimento das plantas”, observou o IBGE.
Para o café canéfora a estimativa da produção foi de 18,1 milhões de sacas de 60 kg, acréscimos de 0,4% em relação ao mês anterior e de 5,9% em relação ao volume produzido em 2024, com aumentos de 1,8% na área a ser colhida e de 4,0% no rendimento médio no último comparativo.
“Como os preços do conilon (canéfora) encontram-se apresentando boa rentabilidade, os produtores investiram mais em tratos culturais e adubação, o que resultou na melhoria da produtividade”, disse o IBGE em relatório.
“Há de se ressaltar também que os volumes de chuvas nos principais municípios produtores foram satisfatórios de um modo geral, apesar da demora delas em alguns deles.”