Cafeicultor aposta em marca própria para driblar a crise

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Rúbia Duarte trouxe o café da fazenda de Carmo da Cachoeira, Sul de Minas, para loja própria em BH

Nem o mais eficiente produtor de café do Brasil está ganhando dinheiro com o negócio. A afirmação é de analistas do setor e produtores, que argumentam que o custo de produção por saca, de R$ 200 a R$ 320, não é remunerado pelo preço de venda, com cotação média este mês de R$ 239. Cada vez mais comum, o investimento de exportadores em marcas próprias surge como uma alternativa à crise e oportunidade de diversificar o negócio, chegando à ponta do varejo.

Da quarta geração de uma família que produz café em Carmo da Cachoeira, no Sul de Minas, Rúbia Duarte e seu irmão Rafael Duarte decidiram ousar. “A motivação para investir em marca própria veio da indignação de não ter no mercado exportador o reconhecimento da qualidade do nosso café”, afirmou Rúbia. Há sete anos, os irmãos investiram R$ 100 mil na marca própria e entraram no mercado colocando o Villa Café em restaurantes e cafeterias. Neste ano, conseguiram penetrar nas redes supermercadistas.

“Para não concorrer com marcas consolidadas, apostamos no café expresso. Me especializei e me formei barista. Hoje também faço cartas de café para os nossos clientes. O investimento feito no negócio já foi pago”, afirmou. Para fortalecer a marca, abriram também duas lojas próprias em Belo Horizonte.

A família Duarte não abandonou o mercado que trata o café como commodity. Apenas 30% das 5 mil sacas de café produzidas ao ano vão para a marca própria. O restante continua ganhando o mercado transoceânico.

“Meu pai, que ainda trabalha na fazenda, está sofrendo com o mercado, mas a nossa marca própria vai muito bem”, comemora Rúbia, que este ano prevê um crescimento de 40% nos negócios.

Thiago Velloso da Motta Santos, cafeicultor da Fazenda Jatobá, em Patrocínio, criou a Sollo Café há cinco anos e trocou o pessimismo com a cotação internacional pelo mercado promissor dos cafés especiais, que cresce a uma taxa de cerca de 20% ao ano.

“A estratégia é fornecer para nichos bem específicos de mercado e fugir da commoditização”, disse, lembrando que o investimento é alto e o volume de produção baixo. “Mas o preço é melhor e o mercado cresce”, afirmou.

Desvalorização chega a 30%

A crise no preço do café, que se desvalorizou de janeiro a outubro deste ano quase 30%, é explicada por um descompasso entre oferta e demanda. No entanto, a estratégia das grandes torrefadoras de café no mundo, de manter os estoques baixos deixando um grande volume de excedente nos países produtores, acaba prolongando o período de vacas magras.

Fonte: Hoje Em Dia via Rede Social do Café

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