Por causa do Brasil, alta do café já alcançou 53% este ano em NY

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Depois de subirem quase 9% na sessão de terça-feira, as cotações do café surpreenderam analistas e voltaram a disparar ontem na bolsa de Nova York, novamente impulsionadas pelos danos provocados pela seca e pelas altas temperaturas em regiões produtoras do Centro-Sul do Brasil.

Carlos Costa, diretor da Pharos Commodity Risk Management, afirma que as incertezas sobre o tamanho da quebra da safra brasileira por causa das intempéries deixaram o mercado "nervoso". Quando as perdas estiverem definidas, ele prevê alguma correção. Em algumas áreas de Minas Gerais, maior Estado produtor de café do país, há relatos que as perdas poderão chegar a 50%.

O café de boa qualidade, por exemplo, já é comercializado a R$ 400 a saca, ante menos de R$ 300 no início do ano. "E o prejuízo nas lavouras do Brasil é maior do que todo mundo está pensando", disse Carlos Dionízio (foto), da Furlan Corretora, localizada em Varginha, no sul de Minas.

De acordo com Carvalhaes, a demanda por café de boa qualidade ainda está mais aquecida. É nessa frente que os preços já chegaram a R$ 400 a saca em alguns casos. Mas os cafés de qualidade inferior ainda não tiveram seus preços reajustados, provocando um grande diferencial entre os produtos. "Há café no mercado por R$ 220, R$ 230", afirma.

Fonte: Valor Econômico

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