Iniciativa privada apresenta situação atual do setor cafeeiro ao governo

Imprimir
Os membros da iniciativa privada do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) estiveram reunidos na manhã desta terça-feira, 07, com o Secretário Especial de Assuntos Federativos, André Ceciliano, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Na oportunidade, o setor apresentou ao governo a formação atual da cadeia cafeeira brasileira, os desafios e oportunidades para os próximos anos.

Estiveram na reunião, Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café – CNC, como representante das cooperativas de crédito e produção de café do Brasil e braço operacional da Organização das Cooperativas do Brasil – OCB, Pavel Cardoso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC (representando a indústria do Torrado e Moído), Aguinaldo José de Lima, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel – ABICS (representando a indústria do café solúvel), Márcio Cândido Ferreira, presidente e Marcos Matos, diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CECAFÉ (representando o setor da exportação).

Pavel Cardoso relembrou a criação do Selo de Pureza da ABIC, destacando a transição de um café com baixa qualidade há algumas décadas, para um produto de extrema pureza alcançado através dos projetos do setor. Segundo o presidente da ABIC, é possível avançar ainda mais na promoção do café ao público consumidor no sentido de aumentar o consumo per capita, não só no Brasil, mas também no exterior.

Aguinaldo Lima disse que o Brasil precisa trabalhar firmemente para a desoneração internacional do café brasileiro industrializado, citando como exemplo o Vietnã, que não tem taxação do seu produto nos países importadores, diferentemente do Brasil que é taxado em 9% para a entrada do café no mercado externo consumidor. “A proposta nesse momento é que em 4 anos, a taxação saia de 9% para 0%. Se isso acontecer, seremos ainda mais competitivos no mercado internacional do solúvel”, explicou Aguinaldo.

Márcio Ferreira e Marcos Matos apresentaram a pujança da exportação cafeeira e seu impacto na balança comercial. Explanaram sobre a importância do livre mercado e apresentaram o projeto Café Carbono Negativo ao secretário. “Temos todas as condições de mostrar ao mundo que o café brasileiro mais sequestra do que emite carbono. Isso já está comprovado cientificamente, e as validações internacionais também serão realizadas em breve”, destacou Marcos Matos do Cecafé.

Para Márcio Ferreira, o Brasil precisa ainda melhorar o marketing externo, já que a qualidade do café e a capacidade produtiva brasileira são incomparáveis. “Ainda pecamos na comunicação, mas somos excelentes em produzir com sustentabilidade. Melhor até que seja assim, o duro seria se fizéssemos o contrário”.

Perguntado por André Ceciliano sobre o papel da Embrapa na cafeicultura atual, Silas Brasileiro explicou que ele e o deputado federal Carlos Melles, eleitos em 1994, foram os responsáveis por criar o CDPC em 1996, e posteriormente, por sugerir a criação do Consórcio Embrapa Café, em 1997 e da própria Embrapa Café, em 1999. Silas destacou que o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) foi o grande fomentador da pesquisa brasileira com o investimento de cerca de R$400 milhões na última década. “Isso fez com que saíssemos de 8 sacas de café por hectare para cerca de 30 sacas nos últimos anos, e o impacto não foi apenas na produtividade, mas principalmente na qualidade. Prova inconteste que o Funcafé é essencial para a manutenção dos 78% da cafeicultura brasileira que é composta de pequenos produtores”, explicou o presidente do CNC.

Silas Brasileiro apresentou ainda os dados sociais e econômicos do café. “Somos hoje no Brasil 330 mil produtores e produtoras (78% de pequenos cafeicultores com menos de 20 hectares), em 1983 municípios, nos 16 estados que produzem café, com envolvimento em toda a cadeia de 8,4 milhões de empregos diretos e indiretos. A nossa participação no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022 foi de R$ 55,892 bilhões de reais, contribuindo com aproximadamente US$ 9,2 bilhões de dólares em divisas para a balança comercial brasileira. A cafeicultura ocupa o quarto lugar no ranking das lavouras que mais geram divisas para o Brasil, ficando atrás apenas da soja, do milho e da cana-de-açúcar. Além disso, os municípios produtores de café têm o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais elevado do país, evitando o êxodo rural, o inchaço populacional e a violência nas cidades ”.

Em seguida, apresentou o Programa Café Produtor de Água, em fase de execução do projeto piloto na cidade de Alpinópolis, Minas Gerais. O programa está sendo desenvolvido pelo CNC, em parceria com o Ministério da Agricultura, com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a assistência técnica da Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (ABRAER), entre outros, em propriedades de cooperados da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé).

Pautas relevantes

O setor cafeeiro entende que as demandas atuais passam pela criação de uma força tarefa público-privada para o fortalecimento da imagem da cafeicultura brasileira no exterior e para a abertura comercial ainda maior do café do Brasil com a China. “Saímos de 100 mil sacas enviadas aos chineses em 2020 para 500 mil no último ano. É um imenso potencial para ocuparmos espaços no mercado consumidor”, destacou Marcos Matos.

Sobre o marketing a nível mundial, Silas Brasileiro revelou que apresentará na próxima reunião do CDPC a solicitação para utilização de parte dos recursos do Funcafé para o fomento do café brasileiro, tanto no exterior quanto no mercado interno. A justificativa é que com o mercado falando bem do café do Brasil torna-se mais crível para os consumidores.

 

Outra solicitação do setor cafeeiro ao secretário André Ceciliano foi quanto a possibilidade da criação de uma modalidade de trabalho temporário, especificamente no momento de colheita do café, visto que durante seis meses (abril a setembro), mais de 2 milhões de postos de emprego são criados nas propriedades cafeeiras. “No entanto, o setor carece de uma política pública que garanta ao cafeicultor a possibilidade de contratar o trabalhador temporário, registrando sua carteira, mas sem que ele perca o benefício do Bolsa Família ou programa de auxílio social correspondente”, explanou o presidente do CNC, sugerindo a criação de uma modalidade de contratação temporária através de um Decreto, Portaria ou Instrução Normativa, evitando a penalização do empregador.

André Ceciliano disse que a Secretaria de Assuntos Institucionais está de portas abertas ao setor cafeeiro brasileiro. Segundo ele, as demandas chegarão até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNC

dapurtoto

dapurtoto

dapurtoto

bo togel terpercaya

link togel

bandar togel resmi

situs togel terpercaya

situs togel resmi

bo togel

situs togel online

10 situs togel terpercaya

situs togel tereprcaya

5 bandar togel terpercaya

bo togel terpercaya

agen togel online

agen toto

bo togel terpercaya

agen toto

situs toto

agen toto

bandar togel resmi

bo togel terpercaya

situs toto 4d

situs toto

bo togel terpercaya

situs toto togel