Café volta a subir em Nova York e mercado se volta para Colômbia
O contrato futuro de café arábica de setembro negociado na ICE Futures US tinha, há pouco, alta de 125pontos, com 176,80 centavos de dólar por libra peso, após ter batido na máxima de 178,65 centavos por libra, com o dezembro registrando avanço de 105 pontos.
De acordo com analistas internacionais, o dia demonstra uma continuidade das compras especulativas observadas ao longo de todas esta semana. Os mercados externos demonstram um comportamento de estável a baixistas, mas, mesmo assim, o café consegue sustentar os ganhos.
A especulação sobre o clima na Colômbia vem dando um bom suporte para o mercado, apontou um operador.
O país volta a ter chuvas constantes e há um temor de que a nova safra de café sofra prejuízos, o que afetaria diretamente a disponibilidade de grãos arábicas lavados, que já é extremamente curta.
Desde março a Colômbia vem sofrendo com uma temporada atípica de chuvas, que já causou a morte de 59 pessoas e afetou mais de 270 mil habitantes em 27 dos 32 departamentos (Estados) do país, segundo a Cruz Vermelha.
A Direção de Socorro Nacional, um organismo humanitário, apontou que as chivas destruíram mais de 52 mil casas no país. As chuvas torrenciais também estão afetando as zonas agrícolas, com rios trasbordando e pontes rurais sendo destruídas. Especialistas do Instituto de Hidrologia e Meteorologia destacam que as chuvas ocorrem como reflexo do início deo fenômeno "La Niña".
As exportações brasileiras de café em agosto, até o dia 12, somavam 510.643 sacas, contra 814.731 sacas do mesmo período de julho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 178,65, 179,00, 179,50, 179,90-180,00, 180,50, 181,00 e 181,20 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 175,50, 175,00, 174,50, 174,00, 173,50, 173,10-173,00 e 172,50 centavos.
Fonte: Agnocafe