Cafezais do Sul de Minas estão infestados de cigarras

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Sol quente e tempo seco. É época de acasalamento das cigarras. Elas saem do solo ainda em forma de ninfa por buraquinhos. Ganham asas e a copa das árvores. O macho emite um som para atrair a fêmea e depois fazer a cópula.

Mas o que vem incomodando os cafeicultores não é o barulho das cigarras. O problema é que elas prejudicam na absorção dos minerais pela planta. “Os ovos são colocados pelas fêmeas copuladas dentro do ramo. Após 18 dias, nascem larvas diminutas que caem no solo e penetram no solo a procura das raízes. Ali elas permanecem durante dois anos sugando e as plantas definham”, explicou o agrônomo Júlio César de Souza.

O agricultor Renato Rezende Filho, de Varginha, já percebeu que os 12 mil pés de café sentiram com a presença das cigarras. “De um modo geral, ficam amarelados. Portanto, afetados por ela, que suga a seiva. Com isso, a consequência da produtividade do ano que vem, que deve cair”, prevê.

O defensivo agrícola ainda é o mais indicado para combater as cigarras. A aplicação deve ser feita entre os meses de outubro e novembro, período em que há mais umidade no solo. Isso ajuda na dispersão do inseticida.

Um equipamento vem sendo utilizado pelos cafeicultores para controlar a infestação das cigarras. O som emitido pelos auto-falantes tem a mesma frequência do canto que o macho usa para o acasalamento. Quando chegam, as cigarras morrem porque são atingidas por jatos de inseticida. A armadilha tem sido usada com eficácia na lavoura no município de Elói Mendes.

“Como é o terceiro ano que a gente está com o funcionamento dela, já não vamos usar o inseticida de solo. Então, já está mostrando os primeiros efeitos benéficos desses três anos”, disse o agrônomo Antônio Carlos Freire. 

Fonte: Globo Rural

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