Mercado de cafés especiais conquista agricultores do PR

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A beleza dos grãos dá para ver de longe, mas há outras qualidades nos 220 hectares de café que conquistaram consumidores do Canadá e do Japão.

Há sete anos, o cafeicultor Luiz Roberto comprou uma propriedade em Jacarezinho, no norte pioneiro, com um projeto: produzir somente cafés especiais, seguindo todas as exigências do mercado externo. “Você precisa de rastreabilidade, precisa saber de onde veio o produto e como foi produzido, se com boas práticas agrícolas. Precisa ter um produto de alta qualidade, mas que respeite o meio ambiente e diminua os impactos. O terceiro ponto é a responsabilidade social, tem que saber o impacto que causa no entorno, na comunidade e principalmente para as pessoas envolvidas na atividade".

Foi uma revolução na fazenda de 106 anos. O solo foi recuperado com o plantio da braquiária, que recicla nutrientes e retém umidade, economizando fertilizantes. A colheita passou a ser feita em duas, até três etapas. Com paciência e muito cuidado, os trabalhadores só colhem os grãos maduros, os verdes ficam no pé pelo tempo que precisar.

Metade da colheita é manual e onde foi mecanizada, a máquina precisa passar com delicadeza. O resultado de tanto cuidado é o rendimento de 50 sacas por hectare, o dobro da produtividade média do Paraná.

No processamento, o cuidado se repete. Uma verdadeira parafernália serve para separar os grãos conforme o nível de maturação.

Depois da separação, cada tipo de café recebe um tratamento diferente e um cuidado especial na secagem para extrair o que tem de melhor. Até os grãos verdes, que costumam ser um problema quando misturados aos maduros, transformam-se em café com qualidade para exportação. No fim das contas, mais de 90% de tudo o que é produzido tem comprador garantido no mercado externo.

Depois de cumprir 192 exigências, a fazenda conseguiu o certificado de uma das empresas mais respeitadas do mundo. Um café especial do começo ao fim. “O conceito de excelência é tratar o café como bebida, como alimento e não como cereal. A responsabilidade vai até a hora que ele chega na xícara do consumidor lá fora. A gente não produz um produto, a gente produz uma sensação para o consumidor final”, explica Luiz.

Cerca de 50 agricultores da região passaram a seguir normas ambientais, de higiene e segurança do trabalho. Até o fim do ano, eles esperam conseguir a classificação de ‘fair trade’ ou ‘negócio justo’. “Hoje o mundo valoriza esse café principalmente para manter o pequeno produtor na propriedade rural com ganhos satisfatórios”, diz Odemir Capelo, consultor do Sebrae.

Fonte: Globo Rural

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