Região reconhecida deve ir além do café e investir no turismo

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Leia, na seqüência, editorial apresentado pelo jornal colombiano "La Tarde". Têm, a partir de hoje, os municípios incluídos na declaração de "paisagem cultural" como bem da humanidade, uma oportunidade de ouro para reconstruir sua cultura cafeeira.

Isso deverá ser levado em conta nos próximos planos de desenvolvimento para que, de uma maneira unificada, potencializem o turismo em torno dessa cultura. Não se quer tapar o sol com a peneira, no sentido de esquecer que muitos municípios cafeeiros estão abandonando essa produção, por falhas estruturais na política econômica do setor e também numa falta efetiva da Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia para reativar o segmento.

Porem se pode seguir gerando riqueza ao redor do turismo, sem perder a vocação abrícola em torno do café. Isso demandará também recursos da Federação, que foi a grande promotora da qualificação do patrimônio mundial e que agora não pode deixar sós seus produtores na montagem desse novo setor: o de turismo no café.

Os cidadãos dos 47 municípios e 411 distritos de Caldas, Quíndio, Ridaralda e Valle del Cauca, beneficiados com a declaração da Unesco, deverão fazer causa comum para redimir uma zona que deu riquezas a Colômbia durante praticamente todo o século 20, porém que agora está ameaçada por múltiplos fatores, como ambientais, pragas e políticas estatais e setoriais, que empobreceram o segmento.

Não se fora em vão os cidadãos dessas zonas, que migraram para o exterior, principalmente depois de 1999, em busca de outros horizontes econômicos para sustentar suas famílias, abandonando as propriedades.

Precisamente essa é a oportunidade que se apresenta, com a declaração em mãos, tomar partido para uma cultura que identificável no mundo, que gira ao redor do café e que, com mão-de-obra, políticas e bons usos dos recursos naturais podem redimir os habitantes das zonas cafeeiras.

Fonte: AgnoCafe

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