Receita obtida com as vendas externas de café é recorde

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A receita com exportação de café em setembro, no valor de US$ 805,323 milhões, foi recorde. O resultado representa uma alta de 38,8% sobre o resultado registrado em setembro de 2010, igual a US$ 580,083 milhões, segundo o Conselho dos Exportadores de Café (CeCafé). 

Os números, divulgados na última sexta-feira, mostram ainda que o preço médio de exportação no mês passado também foi recorde, alcançando US$ 281,36 a saca de 60 quilos. O valor teria sido favorecido pelo fortalecimento do dólar em relação ao real.

Em termos de volume, a exportação em setembro ficou em 2,862 milhões de sacas, número que corresponde a um recuo de 12,7% comparado em comparação aos 3,280 milhões de sacas embarcados no mesmo mês de 2010.

No acumulado do ano, até setembro, a receita cambial é de US$ 6,125 bilhões e o volume embarcado, de 24,198 milhões de sacas. Desse total, 21,817 milhões de sacas foram de café verde, 19,569 milhões de sacas, de arábica e 2,204 milhões de sacas, de robusta. O país exportou, ainda, 2,381 milhões de sacas em café solúvel e 44.013 de sacas torrado e moído.

Mudas – Embalados pela alta das cotações, produtores de café de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Paraná estão tendo dificuldades em encontrar mudas do grão para suas lavouras.

Os cafeicultores aproveitam o bom momento para investir na renovação das plantações, cortando os pés antigos e plantando novos, que são mais produtivos. No último ano, o preço pago ao produtor pelo café subiu até 60%, dependendo da variedade, e tende a se manter no patamar atual.

A troca dos pés de café também permite implementar a mecanização das lavouras, cada vez mais necessária devido à escassez de mão de obra no campo que representa cerca de 35% dos custos de produção.

Nesse caso, os pés são plantados de forma mais espaçada, para permitir a entrada das máquinas. "A gente só vai conseguir qualidade com lavouras modernas, plantadas num alinhamento maior, com alta tecnologia. Temos de ganhar mercado nisso", diz o pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) Ronaldo Nogueira de Medeiros.

Em Minas Gerais, maior produtor nacional de café e onde cerca de 30% das plantações são mecanizadas, ainda há mudas, mas a expectativa é que elas acabem em breve.

Das minhas mudas, já vendemos 80%, com adiantamento e tudo. Em outros anos, numa época dessas, só tinha vendido uns 30%, afirma Medeiros, que também é viveirista.

A época ideal para plantio do café começa em novembro e vai até janeiro. Como uma muda demora cerca de seis meses para ficar pronta, quem não encomendou até julho terá dificuldade para conseguir agora e pode ser obrigado a renovar a lavoura só em 2013.

Fonte: Agência Estado

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