Setor produtivo discute importação de café e elabora carta para ministro Blairo Maggi
Durante o encontro foi elaborada uma carta dos produtores e autoridades presentes com foco na questão da importação, que será enviada para o ministro da agricultura. Também está no documento outros assuntos que preocupam o setor, como o pedido de opções com no mínimo 30% da produção nacional, alerta ao governo na questão da segurança patrimonial e segurança agrícola e segurança no caso de intempéries climáticas. (Veja o documento na íntegra abaixo)
“O assunto está sob análise e ainda será discutido. No entanto, acredito que o momento crítico já passou e que o ministro entendeu as dificuldades que os produtores vêm passando”, afirma o presidente da Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Sul de Minas, Arnaldo Bottrel, que esteve presente na reunião.
Além de produtores e lideranças políticas, também estiveram presentes na reunião representantes de importantes entidades do setor como Breno Mesquita, representando a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária), Archimedes Coli Neto – CCCMG (Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais), Fernando Barbosa – CCAMOG (Conselho do Café da Associação da Micro Região da Baixa Mogiana), Armando Mattiello – Sincal (Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite), Carlos Paulino – Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) e outros.
A proposta de importação de café conilon foi feita por representantes da indústria de café solúvel e torrado e moído em novembro. Eles pedem que o processo seja autorizado por um período determinado (janeiro até maio) e limite de até 250 mil sacas por mês, acima disso seria cobrada uma alíquota de até 35%. “Isso permite que a atividade da indústria continue e que o país não perca sua importante condição no mercado global”, ressalta afirma o diretor-executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), Nathan Herszkowicz.
O Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, tem apresentado consecutivas quebras na safra de conilon no Espírito Santo, que tem a maior produção da variedade no país, e que foi afetada por seguidas seca. Nos últimos meses, com a escassez do grão para a confecção de seus produtos, a indústria brasileira de café torrado e moído utilizou alguns tipos de café arábica de menor qualidade como substitutivo. Porém, a de café solúvel não tem alternativa.
Veja a carta na íntegra: