RJ investe na cafeicultura para setor reconquistar espaço

Imprimir

A cafeicultura fluminense, que já foi líder na produção mundial, no período do Império, se prepara para conquistar novo espaço no mercado com a oferta de café de melhor qualidade, preço competitivo e mais resultado financeiro para os produtores. Com o apoio da Secretaria Estadual de Agricultura, o setor vem se equipando para dar condições de processamento e rebeneficiamento dos grãos no Estado do Rio.
 
Caminhões com máquinas para o trabalho em cafezais: produção do Rio foi líder mundial no Império (Foto: Divulgação)

O primeiro passo foi dado com a aquisição pela secretaria, de duas unidades móveis de beneficiamento, através de recursos do Programa Rio Café, no valor de R$ 423 mil. Os equipamentos atuam nas propriedades da Região Noroeste, que concentra 70% da produção estadual de 300 mil sacas/ano, retirando as cascas, separando as impurezas do café ‘em coco’ e colocando o grão em condições de comercialização. O processo agrega valor, aumentando a receita do produtor em 25 a 30%.

Para Efigênio Salles, presidente da Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro Asca, a grande guinada no setor virá com a implantação, neste ano, do módulo de rebeneficiamento de café, nas instalações da Coopercanol (Cooperativa de Produtores de Café do Noroeste Fluminense), em Varre-Sai. Com recursos de R$ 1,7 milhão do BNDES, a estrutura permitirá que o café de boa qualidade da região, que hoje vai para Minas Gerais e Espírito Santo para ser rebeneficiado, já saia selecionado e classificado do próprio estado para exportação ou venda à mercados consumidores de alto padrão.

“A orientação e o apoio da Secretaria de Agricultura foram decisivos para mais esta conquista da nossa cafeicultura. Há muitos anos pleiteamos a construção dessa unidade, que além de fortalecer o cooperativismo no segmento, vai estimular o produtor a investir na qualidade”, destacou ele.

Secretário: proposta é valorizar o produtor

O secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, estima que em decorrência da proximidade do município de Varre-Sai com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a partir da entrada em operação do módulo de rebeneficiamento, será possível reverter o fluxo atual trazendo café capixaba e mineiro para ser reprocessado no Rio de Janeiro.“Estamos valorizando o nosso produtor ao mesmo tempo em que permitimos que a cadeia de café atinja maior grau de rentabilidade e abra os olhos do mercado para a produção fluminense”, concluiu.

O presidente da Ascarj, explicou que durante o rebeneficiamento o café é separado eletronicamente em máquinas, que classificam o produto pelo tamanho e tipo. Os mercados exigentes valorizam o produto uniforme, segundo especificação própria de cada comprador.

Fonte: O Dia

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *