Primeiro ano do ATeG Café em Divino (MG) e Orizânia (MG) mostra avanços

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O Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Sistema FAEMG/SENAR/INAES em Divino e Orizânia completa, em julho, um ano de trabalho junto a 60 cafeicultores. Produtores e técnicos comemoram os resultados da qualidade do café e as novas possibilidades de comercialização.

Para a mobilizadora do Sindicato de Produtores Rurais de Divino, Viviane Cunha, o programa conscientizou o produtor rural sobre a necessidade de buscar conhecimento e usar a tecnologia, mostrou que é possível melhorar e a importância do trabalho em conjunto.

“Foram muitas mudanças em um ano. Por exemplo, uma das turmas tinha apenas um produtor com terreiro suspenso, hoje são 19. Temos duas torrefações em propriedades de Divino e produtor pronto para beneficiar o seu café. Isso é muito significativo para o município”, complementou.

O técnico Danilo Mendes atende 25 produtores em Divino e cinco em Orizânia e diz que os principais avanços estão relacionados ao manejo das lavouras e ao ganho em produtividade. “Com o acompanhamento técnico, os produtores estão fazendo análises de solo e seguindo as recomendações para o manejo nutricional”.

Também cresceu o interesse pelo café especial. “Muitas propriedades estão começando os trabalhos para a melhoria da qualidade do café, fazendo o mapeamento, identificando o potencial de cada talhão e aprimorando os processos de pós-colheita”, afirmou o técnico.

Na região, o ATeG assiste muitos agricultores familiares e, segundo Danilo, o programa tem colaborado para que todos se interessem mais pela produção e gestão.

“Muitos jovens passaram a fazer cursos do Sistema FAEMG/SENAR MINAS para se aprimorar, e isso fortalece a cafeicultura e os laços da família com o campo. Esse movimento também traz a questão da sucessão familiar como algo possível e vantajoso, um ponto importante que a gente trata com os produtores”.

Experiências

Na fazenda Pedra Branca, em Divino, a família do produtor Lênio Vilete tem uma marca de café e está se dedicando à produção do café especial. O filho Breno Vilete fez cursos de Classificação e Degustação de Café, Torra e Barista e aplica o conhecimento nos negócios.

Breno Vilete: dedicação ao café especial e aprimoramento pelos cursos do SENAR

“Com o apoio técnico do ATeG, aprendemos a trabalhar melhor o nosso café. Hoje conseguimos fazer uma bebida melhor, agregando valor ao produto e aumentando a nossa renda. Os cursos que fiz também fazem a diferença no nosso dia a dia”, contou.

Em Orizânia, o produtor Otniel Henrique fez a primeira venda de café especial recentemente com a saca negociada a R$1.300. Para ele, o programa foi fundamental para alcançar a qualidade e a valorização do produto.

Produtor Otniel Henrique, em Orizânia: com o ATeG, ele conquistou qualidade e a valorização do produto

Os produtores Vilma e Jorge dos Santos, de Divino, atentos à pós-colheita, construíram uma estufa, conforme as orientações do técnico. “Estamos fazendo ajustes para garantir um bom funcionamento e melhorando para nos poupar tempo e recursos”, disse Vilma.

O casal Eva e Rogério Souza mudou a perspectiva sobre o café após ingressar no ATeG. “Os resultados chegaram mais rápido do que a gente imaginava. Recebemos muita orientação e todos do Sistema FAEMG/SENAR MINAS têm muita disponibilidade para nos ajudar. Participar do Programa tem sido uma experiência maravilhosa”, disse Eva.

Ela destaca a Semana Internacional do Café (SIC) como um momento marcante e decisivo para estimular a família a se dedicar à produção de café de qualidade. “Na SIC eu conheci outro café. Foi um despertar para tudo que ele pode oferecer. Com auxílio da técnica Sandy Espinoso, fizemos a primeira colheita do café especial e ficamos felizes com o resultado”.

União

A mobilizadora Viviane Cunha conta que todos os participantes do ATeG em Divino e Orizânia mantêm contato para trocar experiências e encontrar soluções para os desafios. São realizados encontros presenciais a cada dois ou três meses, sempre com o apoio de Sistema FAEMG/SENAR/INAES e do Sidnicato dos Produtores Rurais.

“Essa união é um diferencial para o sucesso do programa, que segue até 2023. E já há produtores interessados em novas turmas, consequência de um bom trabalho feito pelos técnicos e dedicação do produtor”, destacou.

Fonte: Assessoria de Imprensa Senar Minas – Regional Viçosa (Por Lílian Moura)