Porto de Santos embarca 84% das exportações de café do País

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Mais de 34 milhões de sacas de 60 quilos de café foram exportadas durante todo o ano passado no Brasil. Deste total, 28,5 milhões de sacas do produto, o equivalente a 84% das exportações, foram embarcadas no Porto de Santos. Mas, apesar dos números expressivos, houve queda de 8,1% nas vendas da commodity, na comparação com 2015, quando 37 milhões de sacas foram exportadas.

Os dados integram um relatório do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), órgão que faz análises periódicas sobre as vendas do produto no mercado internacional. Segundo a entidade, a commodity teve uma participação de 6,4% nas exportações do agronegócio brasileiro.

A receita gerada com as exportações do café durante o ano passado foi de US$ 5,4 bilhões. Houve uma queda de 12,3% em relação a 2015, quando US$ 6,1 bilhões foram gerados. O preço médio das sacas também caiu de US$ 166,24 para US$ 158,68, 4,5%.

“O segundo trimestre do ano foi o mais desafiador para o segmento, devido ao período de entressafra e às reduções drásticas nos estoques. Porém apresentamos uma grande recuperação no quarto trimestre, que foi o melhor período do ano”, destacou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.

O café é transportado em contêineres, protegendo-o da chuva e de perdas durante a viagem. (Foto: Carlos Nogueira)
O café é transportado em contêineres, protegendo-o da chuva e de perdas durante a viagem. (Foto: Carlos Nogueira)

Em todo o ano passado, os cafés verdes somaram 30.1 milhões de sacas (29.5 milhões de sacas de arábica e 580 mil sacas de robusta). Já os cafés industrializados tiveram aumento de 7,8% em comparação com o total exportado em 2015, com 3.8 milhões de sacas embarcadas em 2016. Destas, 29.206 sacas foram de café torrado e moído e o restante de café solúvel.

De acordo com o Cecafé, desde o início das exportações do produto no Brasil, o setor não havia registrado volumes tão altos de café arábica e café solúvel embarcados no ano.

“O café conilon (robusta) foi o mais impactado em 2016 devido às condições climáticas adversas, voltando a patamares de 1997. Já o arábica, por sua vez, compensou esse cenário negativo, com recorde em toda a nossa série histórica de exportações” , destacou Carvalhaes.

No ano passado, as exportações de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) corresponderam a 5,9 milhões de sacas, representando 17,4% do embarcado. A receita cambial dessa modalidade foi de US$ 1,17 bilhão, correspondendo a 21,7% do total gerado com os valores de exportação. O preço médio dos cafés diferenciados em 2016 foi de US$ 197,69.

Portos

Enquanto Santos consolida sua liderança, os portos do Rio de Janeiro seguem em segundo lugar entre os complexos exportadores, com o embarque de 4 milhões de sacas no ano passado. Isto equivale a 12% do total carregado em 2016. O Porto de Paranaguá (PR) escoou 3,8 milhões de toneladas, 11,3% do total.

Os Estados Unidos foram o país que mais recebeu café exportado do Brasil, com 6,4 milhões de sacas, 19% do total. Em seguida, aparece a Alemanha, com 6,2 milhões de sacas e 18,3% das exportações.

O Cecafé também destaca a Itália, com a aquisição de 8,5% do total, 2,8 milhões de sacas, O Japão aparece em quarto lugar, com 7,5%, 2,5 milhões de sacas adquiridas.

Fonte: A Tribuna

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