Plano Brasil Sem Miséria possibilita que famílias em situação de vulnerabilidade social invistam na cafeicultura

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Cafeicultura Efigênia RosaEfigênia Rosa e o marido, José Rosa, trabalham na colheita do café, em Santa Margarida, na Zona da Mata mineira. Mas a vontade deles sempre foi de produzir e comercializar seu próprio café. Objetivo que está se tornando realidade, por meio do Plano Brasil Sem Miséria (BSM). Em julho deste ano será feita a primeira colheita da propriedade deles.

O casal tem uma filha de 17 anos, que mora com eles. A família foi identificada em situação de vulnerabilidade social. Na pequena propriedade, eles cultivam milho, feijão e algumas hortaliças para o consumo próprio. No trabalho nas lavouras de café, Efigênia e José recebem R$ 15,00 por cada saca colhida.

No final de 2017, o casal implantou uma lavoura de café na propriedade. Foram mil mudas plantadas. “A primeira colheita será no meio do ano. Tudo correu bem até agora, pois recebemos orientações técnicas da Emater. A nossa expectativa é que seja uma boa safra”, diz a produtora.

De acordo com a cafeicultura, os recursos do BSM foram fundamentais para começar a nova atividade. “ Foi muito bom o programa. Eu sonhava muito em trabalhar na lavoura da gente”, diz. Efigênia e o marido ainda continuarão trabalhando em outras lavouras. Mas, produzir o próprio café tem gerado boas perspectivas para o casal. Segundo Efigênia, eles esperam conseguir um bom preço no mercado.

Projetos no município

Trinta e um projetos foram implantados no município de Santa Margarida, por meio do BMS, entre 2016 e 2018. Os recursos foram investidos em atividades como cafeicultura, avicultura, pecuária, produção de quitandas e na compra de máquinas para a colheita do café.

“ Para receber os recursos, as famílias devem ser beneficiárias do Bolsa Família. Além disso, a Emater faz um diagnóstico socioeconômico para comprovar a situação e renda da família. Isso garante que os recursos cheguem a quem realmente precisa”, diz a técnica da Emater-MG, Geralda Costa.

A técnica ressalta que 17 projetos foram para a aquisição de máquinas utilizadas na colheita do café. Segundo ela, a atividade gera muita demanda no município e, com as máquinas, os trabalhadores conseguem aumentar a sua produtividade recebendo mais. “Para o município parece uma agregação pequena. Mas para as famílias é uma perspectiva de um futuro melhor. Sem o Brasil Sem Miséria eles não conseguiriam”, afirma Geralda Costa.

Ações no estado

O Brasil Sem Miséria é um programa do governo federal e tem como objetivo a inclusão social e produtiva de famílias que vivem em situação de extrema pobreza no meio rural, com renda mensal per capita de até R$ 89,00. “As famílias recebem um fomento no valor de R$ 2,4 mil, dividido em duas parcelas, para execução de pequenos projetos produtivos, como, por exemplo, a implantação de hortas e criação de pequenos animais”, diz o coordenador técnico estadual da Emater-MG, Thiago Carvalho.

Os beneficiários recebem ainda toda a assistência técnica da Emater–MG – empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) – para viabilizar acesso aos recursos financeiros e executar seus projetos. O trabalho envolve articulação entre o governo de Minas Gerais, por meio da Seapa e Emater–MG, e o governo federal, por meio dos ministérios da Cidadania e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em 2019 foram beneficiadas 667 famílias mineiras, totalizando um investimento de R$ 1,4 milhão.

Fonte: Ascom Emater-MG e foto arquivo pessoal

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