Municípios que produzem café estão sem soro antiofídico no Sul de Minas

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A colheita do café já começou e neste período aumenta o número de trabalhadores rurais picados por cobra no Sul de Minas. No entanto, os maiores municípios produtores de café na região estão sem soro antiofídico. Segundo o Hospital Alzira Velano, de Alfenas (MG), que é referência no tratamento de vítimas de animais peçonhentos, são registrados em média 15 casos de picadas de cobra por mês durante a safra do café.

"No período da safra, a gente tem um aumento de quase 80% no atendimento, tanto na cidade, assim como Alfenas, como na região, que encaminha para cá, porque aqui a gente disponibiliza o soro", disse o médico clínico geral, Dênis Claudino Silva.

Em Campos Gerais, Boa Esperança e Três Pontas, municípios que mais produzem café, o soro antiofídico não foi encontrado. No ano passado, 2,5 mil pessoas foram picadas por cobra em Minas Gerais. Sete pessoas morreram. Neste ano, já foram registradas duas mortes.

No Sul de minas, os trabalhadores rurais já estão acostumados a encontrar cobras durante a colheita do café. Quem trabalha na colheita do café convive com o medo de ser picado por uma cobra venenosa.

Período da colheita do café favorece casos de picadas por cobra no Sul de Minas (Foto: Reprodução EPTV)

"Aqui tem muito, todo mundo fala. De vez em quando, um lá embaixo fala que picou a cobra toda, o outro grita lá em cima que achou uma cobra, a panha de café é desse jeito", diz a trabalhadora rural Miriam Miranda.

A Secretaria Estadual de Saúde informou que envia o soro antiofídico de acordo com o número de casos notificados pelos municípios. O órgão também informou que os laboratórios que fornecem o soro estão passando por uma readequação e que, por isso, a oferta do medicamento diminuiu.

Fonte: EPTV Sul de Minas e G1 Sul de Minas

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