Movimento de realização de lucros derruba preços do café
Na Bolsa de Nova York, o vencimento março/2020 do café arábica recuou 415 pontos, encerrando a sessão de ontem a US$ 1,2005 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento janeiro/2020 do café robusta fechou a US$ 1.346 por tonelada, com desvalorização de US$ 65 na semana.
Mesmo com a queda recente, os analistas monitoram o noticiário sobre problemas com as safras de importantes produtores da América Central, do Brasil e do Vietnã, que, aliados à perda de força do dólar ante o real, dão suporte aos preços. Ontem, a moeda norte-americana fechou a R$ 5,1401, recuando 3,5% na semana, diante do otimismo com a possibilidade de aprovação de um pacote de estímulo fiscal nos EUA.
Nas nações centro-americanas, houve prejuízo provocado pela passagem de furacões em áreas cafeeiras de Honduras, Guatemala e Nicarágua, que deve gerar perdas em volume e qualidade, à medida que frutos maduros, nessa fase de colheita, podem ter sido derrubados por fortes ventos e chuvas. No Vietnã, também em período de cata, tufões assolaram o país e, provavelmente, ocasionarão perdas no maior produtor mundial de robusta.
Internamente, apesar da volta das chuvas em praticamente todas as regiões produtoras de arábica em novembro, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informa que o volume foi abaixo do ideal na maior parte dos cafezais, tendo auxiliado para uma leve recuperação das lavouras, mas ainda insuficientes, o que deverá acarretar perdas na safra 2021/22.
Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon, no Brasil, situaram-se em R$ 583,93 por saca e R$ 401,82 por saca, respectivamente, com desvalorizações de 3,9% e 3%.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNC