Mercado de café teve poucos negócios na 1ª semana de 2021, diz Carvalhaes

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Os negócios no mercado físico de café brasileiro ficaram praticamente travados na primeira semana de 2021, mas o interesse dos compradores é crescente. A avaliação foi feita pelo Escritório Carvalhaes, no primeiro boletim de análise semanal de mercado referente a este ano, divulgado na sexta-feira (8/1).

“O volume de negócios não cresce porque as ideias de preços dos cafeicultores continuam bem acima dos preços oferecidos no mercado. Saíram alguns negócios com cafés arábicas de boa qualidade a finos, a preços que ignoraram a queda das cotações em Nova Iorque”, informa a empresa, no comunicado.

De acordo com o relatório, uma saca de café cereja descascado, de bom preparo, foi cotada entre R$ 680 e R$ 720. Um café fino e extrafino da região da Mogiana, em São Paulo, ou de Minas Gerais, teve cotações variando de R$ 660 a R$ 680. E um café considerado de boa qualidade e de bom preparo saía entre R$ 590 e R$ 650 a saca.

No mercado internacional, informa o Escritório Carvalhaes, a semana foi de queda dos preços do café na Bolsa de Nova York, principal referência de preço global do arábica. O fortalecimento do dólar e a definição do cenário político dos Estados Unidos influenciaram as decisões dos operadores de mercado.

Embora, na sexta-feira (8/1), o contrato de café com vencimento para março tenha fechado com alta de 260 pontos, a US$ 1,2370 por libra-peso, o acumulado da semana foi de baixa de 455 pontos. Também na sexta-feira (8/1), o contrato para junho terminou o dia cotado a US$ 1,2575, alta de 265 pontos.

Quebra de produção

O relatório do Escritório Carvalhaes aponta ainda que as chuvas que voltaram a cair em dezembro sobre os cafezais brasileiros não foram suficientes para evitar uma quebra de produção no país. De acordo com o boletim, os produtores até comemoraram a ocorrência das precipitações, mas porque evitarão uma perda ainda maior nas lavouras.

“Agora, os produtores brasileiros esperam que essas chuvas continuem nos meses de janeiro e fevereiro, para que os “chumbinhos” que restaram nos cafeeiros cresçam e se transformem em frutos para a nova safra, salvando ao menos parte da safra brasileira de arábica 2021, que naturalmente já seria menor com a bianualidade de nossa produção”, informa a empresa.

Fonte: Revista Globo Rural