Exportação brasileira de café de janeiro a julho cai 12%

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O Brasil exportou 18,19 milhões de sacas de 60 kg de café nos primeiros sete meses deste ano, o que corresponde a uma queda de 11,9% em comparação com o mesmo intervalo de 2015 (20,64 milhões de sacas). A receita cambial no período foi US$ 2,688 bilhões, uma retração de 26,2% ante os sete primeiros meses de 2015 (US$ 3,643 bilhões). Os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), apresentados nesta quinta-feira (11/8).

Em julho, que corresponde ao primeiro mês da nova safra 2016/2017, o País exportou 1,909 milhão de sacas de café. Foram 1.573.465 (82,4%) sacas de café arábica, 37.359 (2%) sacas de robusta, 295.314 (15,5%) de solúvel e 2.670 (0,1%) sacas de torrado e moído. “O fluxo de entrada da nova safra no mercado foi mais lento do que o previsto e os estoques estão baixos, o que acabou provocando impacto nas exportações”, afirma o presidente do CeCafé, Nelson Carvalhaes, em comunicado.

De janeiro a julho, 120 países consumiram o café brasileiro. Os EUA lideram as compras, concentrando 19% do volume (3.459.628 sacas), seguido pela Alemanha (3.372.043 sacas). O Japão fica no terceiro lugar, com 1.398.078 sacas, seguido de perto pela Itália (1.390.265 sacas). Conforme o CeCafé, de cada cinco sacas de café brasileiro exportado atualmente, uma é de diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, por exemplo).

Em julho deste ano, foram 367.128 sacas de cafés com essas características, representando 19,2% dos embarques. Os cafés diferenciados representaram 19,8% dos embarques do ano civil (janeiro a julho), com um total de 3.603.184 sacas, alcançando preços médios 27,4% superiores à média total do café verde exportado. Os EUA são o maior consumidor do café diferenciado, com uma fatia de 20% do total de exportações, ou 713.278 sacas no período.

O preço médio da saca exportada em julho teve alta de 6,1% em relação ao mês anterior, alcançando US$ 155,70, valor mais alto dos últimos 9 meses, compensando a desvalorização do dólar. O Porto de Santos mantém-se como a principal via de escoamento da safra para o exterior, com 84,3% do volume embarcado (15.324.548 sacas no ano). Os Portos do Rio de Janeiro também tiveram um desempenho expressivo, com 11,6% dos embarques (2.104.913 sacas) do período.

 Fonte: Estadão Conteúdo via Revista Globo Rural

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