Excesso de produção obriga cafeicultor a cortar despesas, diz presidente da Cooxupé

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As perspectivas para os preços do café em 2019 não animam aos produtores brasileiros. Nos últimos anos a oferta do grão foi muito grande e com isso, os preços foram decaindo. Para a safra 2019, tanto a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) quanto o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontam expectativa de safra recorde de café no Brasil.

“Na retrospectiva dos últimos anos tivemos alguns períodos de preços bons e com isso houve um plantio exacerbado do café em toda a região cafeeira no Brasil e no mundo inteiro. Esses preços baixos são em razão da alta produção que tivemos no Brasil e em outros países do mundo. Agora, o café reserva muitas surpresas para nós, a única certeza no café é que você não tem certeza de nada, então tanto os preços podem baixar como pode acontecer algum problema climático no mundo e aumentar os preços”, explica Carlos Paulino, presidente da Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé).

Com isso, o produtor cafeeiro tem que buscar diminuir os custos e aprimorar a gestão de suas propriedades para tentar passar por esse momento turbulento com menos dificuldades. “Nos resta diminuir os custos, tentar melhorar a produtividade, mecanizar mais e fazer uma gestão mais enxuta da propriedade porque se tivermos um período de preços baixos a pessoa tem condições de atravessar esse período de turbulência. Nós tivemos um período relativamente bom e alguns conseguiram acumular alguma gordura, mas quem não conseguiu vai passar dificuldade”, pontua Paulino.

O presidente da Cooxupé aconselha aos agricultores que, nesse momento de incerteza quanto aos preços do café, não se desesperem e tentem vender toda sua produção de uma vez. “O produtor não pode se apavorar e querer vender tudo de uma vez que ai o preço cai de uma vez. Ele tem que ir vendendo paulatinamente porque o consumo mundial também é paulatino. Se todo mundo apavorar e querer vender o seu estoque de uma hora para a outro os preços caem mais ainda”

Fonte: Notícias Agrícolas (Por João Batista Olivi e Guilherme Dorigatti)

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