Demanda mundial de café tem aumento no primeiro trimestre do ano

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O banco holandês Rabobank divulgou um relatório sobre a demanda global por café no primeiro trimestre de 2022. Segundo a instituição, houve um aumento de 0,6% na procura pela commodity em relação ao primeiro trimestre de 2020. Se comparado com o ano de 2021, a demanda é bem superior em diversos países: no Reino Unido, cresceu 9%; nos Estados Unidos, 4,6% e, no Japão, 5,1%.

Demanda mundial de café ainda não alcança números pré-pandemia

Os números estão longe de alcançarem níveis pré-pandêmicos, mas apontam que o mercado segue forte, mesmo com o complicado cenário internacional, especialmente, no que diz respeito à guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Os países envolvidos no conflito do leste europeu devem continuar com dificuldade de importações. O Rabobank projeta que eles terão demandas 25% a 50% menores no próximo trimestre, respectivamente. A expectativa é que a China também tenha redução nas importações, devido às políticas de lockdown para restringir a proliferação do coronavírus.

Com as análises do banco holandês, estima-se que a balança global da oferta de café passe de um déficit de 5,1 milhões de sacas de 60 quilos, observado entre outubro e setembro da safra 2021/2022, para um superávit de 1,7 milhão de sacas na safra 2022/2023.

Brasil teve aumento de consumo em relação à 2021

Em pesquisa divulgada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), em março, o mercado de café do Brasil também segue em crescimento. Apesar da crise econômica gerada pela pandemia, que afetou diversos setores em 2021, a procura por café seguiu seu ritmo de crescimento: houve alta de 1,71% em relação ao mesmo período analisado no ano anterior. Foram 21,5 milhões de sacas entre novembro de 2020 e outubro de 2021, o que representou 45,3% da safra do ano.

O bom desempenho na mesa do consumidor teve impacto direto na indústria: as empresas associadas à ABIC registraram um crescimento de 2,77% no período.

Para 2022, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção de 53,4 milhões de sacas. O volume representa um acréscimo de cerca de 5,7 milhões de sacas em relação ao ciclo anterior.

Fonte: Jornal do Café (Por Usina da Comunicação e foto de NITRO Historias Visuais)