Colômbia produz mais e eleva participação no mercado de café

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Agricultor trabalha em plantação de café, na cidade de Trujillo, no departamento de Valle del Cauca (Colômbia). (Foto: Christian Escobar Mora - 30.mai.2014/Efe)
Agricultor trabalha em plantação de café, na cidade de Trujillo, no departamento de Valle del Cauca (Colômbia). (Foto: Christian Escobar Mora – 30.mai.2014/Efe)

Aos poucos, a Colômbia volta aos bons tempos na produção de café. A colheita de novembro permitiu aos produtores colombianos colocar 1,65 milhão de saca nos armazéns.

Havia 18 anos que o país não conseguia um volume mensal tão grande, conforme dados da federação dos produtores de café da Colômbia. Novembro tradicionalmente é um período de aumento da produção.

No início dos anos de 1990, por exemplo, o país chegava a produzir 2,8 milhões de sacas em novembro, mas a safra estava muito concentrada no final de ano.

Das 16 milhões de sacas produzidas em 1991, por exemplo, 7,3 milhões ocorreram no último trimestre. Após a renovação dos cafezais, o país está obtendo uma safra mais homogênea durante o ano.

Nos últimos 19 meses, à exceção de março, a produção sempre superou 1 milhão de sacas por mês.

O volume maior de produção está garantindo presença mais forte dos colombianos no mercado externo. De dezembro de 2015 a novembro de 2016, a produção de café do país atingiu 14,4 milhões de sacas, segundo a federação dos produtores.

Desse volume, 12,5 milhões de sacas (87%) foram colocadas no externo.

A Colômbia chegou a produzir 17,8 milhões de sacas de café na safra 1991/92, período em que participou com 18% de toda a safra mundial. Naquele período, o Brasil tinha participação de 27%, e o Vietnã, inexpressivo 1%.

Os dados mais recentes da OIC (Organização Internacional do Café) indicam que a Colômbia tem hoje apenas 9% da produção mundial, enquanto a do Vietnã subiu para 19%. O Brasil lidera, com 33%.

A Colômbia, que tinha participação de 22% no mercado mundial de café na safra 1991/92, viu sua participação recuar para apenas 6% em 2011/12.

Com a recuperação da produção, no entanto, o país já tem 12% das exportações mundiais.

Estimativas voltam a indicar boa safra de grãos

Conab e IBGE divulgaram nesta quinta-feira (8) novas estimativas de safra. Assim como dados de outras consultorias independentes, os números mostram que a tendência é de boa safra.

Os dados precisam, no entanto, serem ajustados. A safra total de grãos poderá chegar a 213 milhões de toneladas, segundo a Conab. Na avaliação do IBGE, fica em 210 milhões.

Algumas diferenças nas previsões de soja e milho, produtos de maiores volumes, justificam as diferenças entre órgãos públicas e consultorias privadas.

A produção total de milho na safra 2016/17 deverá atingir 84 milhões de toneladas, segundo a Conab. O IBGE prevê 81 milhões de toneladas, mas há consultorias –como a Céleres– que não descartam volume próximo a 100 milhões de toneladas.

As diferenças no milho são grandes. A Conab prevê 21,4 milhões de toneladas de milho para o Estado de Mato Grosso, líder nacional.

Já o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) refez seus cálculos na semana passada e espera uma colheita de pelo menos 25 milhões de toneladas.

No caso da soja, os números do IBGE apontam para uma safra próxima a 104 milhões de toneladas, enquanto os da Conab indicam 102 milhões. Esses números estão próximos aos das consultorias privadas.

As estimativas da produção de arroz, terceiro principal produto nacional em volume, têm números próximos. A Conab refez seus cálculos e espera 11,5 milhões de toneladas, enquanto o IBGE prevê 11,3 milhões.

Fonte: Folha de S.Paulo (Coluna Vaivém das Commodities – Por Mauro Zafalon)

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