Chuva afeta colheita de grãos no Sudeste e Centro-Oeste

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A semana será com chuva persistente sobre as regiões Sudeste e Centro-Oeste. Em sete dias, estimam-se até 175 milímetros nos municípios de Oliveira e Cataguases, inclusive em áreas produtoras de café. Já em Mato Grosso, nas cidades de Rondonópolis, Barra do Garças, Campo Verde, e Sapezal, além de Franca (SP), estimam-se até 150 milímetros. A precipitação mantém paralisada as atividades de colheita de hortifrúti, além de piorar a qualidade dos produtos e mantê-los em preço elevado.

Além disso, a colheita da soja e plantio do milho também avança muito lentamente em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Na cana-de-açúcar, as usinas reclamam do excesso de chuva e atraso no plantio. Nos últimos três dias, choveu 250 milímetros no porto de Santos em São Paulo, o que tem atrapalhado os embarques de soja.

Segundo a previsão do tempo, além da chuva forte no Sudeste e Centro-Oeste, estimam-se mais de 100 milímetros no sul do Maranhão, norte do Tocantins e em boa parte do Pará. Boa parte do acumulado vai acontecer a partir da quinta-feira, 10, diminuindo o ritmo das atividades de campo. Por outro lado, boa parte da semana será com tempo seco e ensolarado no Sul, oeste de São Paulo e boa parte de Mato Grosso do Sul. A situação é preocupante para a soja do Rio Grande do Sul. A umidade do solo está baixa e a boa parte das áreas produtoras já está em fase vulnerável à estiagem. Para Santa Rosa (RS), por exemplo, a próxima chuva vai acontecer somente em 17 de fevereiro. A temperatura mínima foi baixa nesta segunda-feira (7), mas a tendência será de retorno do calor intenso a partir do fim desta semana. No Paraná, por outro lado, o tempo mais seco deve acelerar a colheita da soja e instalação da segunda safra de milho.

Na semana entre 14 e 20 de fevereiro, a chuva vai permanecer sobre o centro e Norte do Brasil, com acumulados que vão dos 50 milímetros aos 125 em Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, leste de São Paulo, nordeste de Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará e boa parte do Matopiba. Em Mato Grosso são poucas as tréguas de chuva previstas até o fim do segundo decêndio de fevereiro e a tendência será de diminuição no ritmo de plantio do milho em um momento que a janela ideal para a atividade se aproxima do fim.

Fonte: Canal Rural