Cafeicultores investem em segurança para evitar furtos e roubos na região de Franca, SP

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Durante a safra de café, produtores rurais tentam enfrentar a criminalidade com ajuda de equipamentos de segurança, apoio de vizinhos e cães de guarda. Colheita vai até início de 2020.

Cafeicultores estão investindo em segurança e mudando a logística de produção para se protegerem de furtos e roubos na região de Franca (SP). Eles dizem que as ocorrências aumentaram devido ao período de colheita, que vai até o início de 2020.

Gustavo Leonel, que tem 120 hectares de plantação de café em Franca (SP), diz que seus funcionários estão com medo de dormir na fazenda. O agricultor instalou cercas elétricas, alarmes e câmeras de segurança para tentar afastar os ladrões e contratou seguro de vida para os trabalhadores.

“Nós estamos vivendo um momento de safra, aí fica um pouco mais visível aos olhos dos criminosos, que adentram as fazendas, roubam, ameaçam e infelizmente isso tem sido muito comum na nossa região”, diz.

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Cafeicultor instala cerca elétrica, alarme e câmera de segurança para afastar ladrões em Franca (SP) — Foto: EPTV/Reprodução

O fazendeiro diz que, mesmo com apoio da Polícia Militar, é difícil conter a criminalidade, porque existem muitas fazendas na região e, quando os policiais chegam, os ladrões já fugiram para roubar outra propriedade.

Como equipamentos de segurança não bastam, o agricultor decidiu que, depois da colheita e do beneficiamento, o café não será mais armazenado dentro da fazenda, mas em armazéns distantes, que ele considera mais seguros.

“O café é uma mercadoria de alta liquidez. O produto final, que é o café beneficiado, salta aos olhos”, diz. “[Mas] a gente já se deparou com situações do pessoal fazer furtos e roubos do café antes mesmo do beneficiamento. Isso é muito ruim, desanimador”, reclama.

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Cafeicultores são alvo de ladrões na região de Franca (SP) — Foto: EPTV/Reprodução

Em Ribeirão Corrente (SP), Wanderley Cintra enfrenta o mesmo problema. A fazenda dele tem sido alvo dos ladrões nos últimos anos, mas nesta safra ele espera que seja diferente.

O agricultor agora tem oito cachorros de porte grande para afastar os criminosos. “Eles funcionam como alarme e como segurança particular. Dá muita tranquilidade e segurança, principalmente no período noturno”, diz.

Assim como Leonel, Cintra afirma que os furtos e roubos de equipamentos estão aumentando na safra. O fazendeiro diz que mantém contato com os vizinhos e têm apoio das polícias Militar e Civil.

“Nesse período de colheita a gente lida com muita gente, então precisamos estar bem atentos”, diz, preocupado. “Qualquer movimento estranho, veículo diferente, a gente aciona o Zap [WhatsApp] e todo mundo fica atento.”

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Cafeicultor de Ribeirão Corrente (SP) tem oito cachorros de porte grande para afastar ladrões — Foto: EPTV/Reprodução

Gustavo e Wanderley não são os únicos que reclamam da insegurança. Nos últimos anos, muitos cafeicultores foram alvo de ladrões na região.

Em 2016, uma quadrilha roubou um caminhão de lixo em Franca, invadiu uma fazenda em Restinga (SP), rendeu funcionários e roubou cerca de 12 toneladas de café. A carga era avaliada em R$ 100 mil.

Fazendas menores também são alvo de criminosos. Câmeras de segurança flagraram três homens furtando equipamentos e sacas de café do galpão de uma fazenda em Ribeirão Corrente. Eles andaram agachados e devagar, para não fazer barulho e não chamar atenção.

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Em 2016, criminosos roubaram carga de café avaliada em R$ 100 mil em Restinga (SP) — Foto: EPTV/Reprodução

Fonte: EPTV

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