Café, uma das preferências nacionais

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No imaginário internacional, o Brasil é lembrado por alegorias e fatos que se misturam positivamente. Somos conhecidos como a terra do samba, do futebol e das praias bonitas, entre outras coisas. E nesse “mix” também somos reconhecidos como o “País do cafezinho”, produto que em 24 de maio festeja o seu Dia Nacional.

E a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) não quer deixar passar a data sem recordar a importância da produção em São Paulo. No País que segue como o maior exportador mundial, o Estado se destaca na produção de café. Considerando exclusivamente a lavoura de arábica, por exemplo, posiciona-se no segundo lugar no ranking nacional.

A importância do café na nossa economia se manteve mesmo em tempos de pandemia. Com base nas informações do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o País exportou 40,3 milhões de sacas de 60 quilos de café no ano de 2021. O resultado foi de US$ 6,2 bilhões e um aumento de 10,3% em receita cambial, se comparado com o último período. Os números nos colocam não apenas como maior exportador mundial, mas também indicam o 3º maior volume já enviado para outros países em toda a história.


E é dentro deste contexto que São Paulo pode ser considerado o berço da cafeicultura comercial brasileira por abrigar as mais tradicionais instituições de pesquisa da área, como o Instituto Agronômico (IAC), fundado em 1887 pelo Imperador D. Pedro II e que passou para a administração do Governo do Estado de São Paulo em 1892, e o Instituto Biológico (IB), que possui o maior cafezal urbano do mundo. As variedades desenvolvidas pelo IAC, por exemplo, estão presentes em quase 80% do parque produtivo brasileiro.

Dados do Levantamento de Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo indicam que a área de produção paulista é de aproximadamente 200 mil hectares, conduzida por 17,3 mil cafeicultores. Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), em 2021, o café beneficiado ocupou a nona posição no ranking do Valor da Produção Agropecuária paulista, totalizando R$3,35 bilhões em faturamento.


PREFERÊNCIA NACIONAL

Os números grandiosos só confirmam a importância do produto. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o Brasil segue como segundo maior consumidor de café do mundo, atrás apenas dos EUA.

E a SAA contribui para que o café não falte na mesa do consumidor brasileiro e mundial. A Pasta, além de incentivar a produção, realiza eventos com o objetivo de dar visibilidade ao produto. Um exemplo é o “Sabor da Colheita”, que acontece no Instituto Biológico (IB-APTA), chegou à sua 15ª edição, e que marca, anualmente, o início da colheita do produto.

O Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) também desenvolve trabalhos científicos importantes para a cafeicultura, como a metodologia para avaliação da bebida, realizada em conjunto com a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics). O objetivo do trabalho é o reconhecimento internacional da qualidade do café solúvel, melhorar a comunicação entre os envolvidos na comercialização para o aperfeiçoamento da padronização dos critérios sensoriais do café e aplicar protocolo junto aos protagonistas das cadeias de café solúvel.

A Coleção Agro SP na Mesa, série de livros de receitas sobre a variedade de produtos agrícolas no Estado lançados por meio da CODEAGRO, tem uma edição sobre café. Além da versão impressa, a história do produto no País, curiosidades, tipos e receitas podem ser encontradas online, aqui: http://www.codeagro.agricultura.sp.gov.br/cesans/publicacoes.


A SAA ainda conta com a Câmara Setorial de Café. O objetivo é manter espaços permanentes de interlocução entre o setor privado e público, congregando todos os agentes das cadeias produtivas: produtores rurais, representantes dos setores de insumos, transporte, beneficiamento, armazenamento, industrialização, comércio e consumo do produto.

Todo esse esforço para que o cafezinho siga como uma das “preferências nacionais”.

Fonte: Comunicação Secretaria Estadual de Agricultura de São Paulo