Alysson Paolinelli é indicado oficialmente ao Prêmio Nobel da Paz 2021

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Com o apoio de mais de 100 cartas de representantes de instituições de 28 países, o nome do ex-ministro e ex-secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Alysson Paolinelli, foi oficializado para o Prêmio Nobel da Paz 2021. Mineiro de Bambuí, o engenheiro agrônomo exerceu por três vezes o cargo de secretário de Agricultura de Minas, nos períodos de 1971 a 1974; 1991 a 1994 e 1995 a 1998. E esteve à frente do Ministério da Agricultura de 1974 a 1979.

Considerado o “pai da agricultura moderna brasileira”, Paolinelli esteve à frente do movimento que, na década de 70, implantou a agricultura tropical no Cerrado brasileiro, transformando a posição do país no mercado mundial de alimentos. De grande importador, naquela época, o Brasil começava sua caminhada para se transformar numa das maiores potências agrícolas e exportadoras de alimentos do mundo.

Até 31 de janeiro, o comitê recebeu indicações ao Prêmio Nobel da Paz deste ano. Entre fevereiro e março, o comitê norueguês, composto por cinco membros, fará uma pré-seleção dos indicados. A partir dessa seleção, será feita uma análise aprofundada das indicações que vai até setembro, quando o comitê se reúne e delibera os ganhadores ou ganhador. A divulgação do resultado será em dezembro.

Histórico

Natural de Bambuí (MG), Alysson Paulinelli nasceu em 10 de julho de 1936. Cursou o científico no Instituto Gammon, em Lavras (MG), onde se formou, em 1959, engenheiro agrônomo pela Escola Superior de Agricultura, da qual foi presidente do centro acadêmico entre 1956 e 1958. Em 1959, tornou-se professor de hidráulica, irrigação e drenagem da instituição, por cuja cadeira seria responsável até 1990.

Professor, secretário de Agricultura de Minas Gerais por três vezes e deputado federal no período da Constituinte, Paolinelli foi o grande defensor da tecnologia e da inovação e criou 26 representações da Embrapa em várias regiões do país durante sua passagem pelo Ministério da Agricultura.

Em 2006, foi premiado com o The World Food Prize pelo incentivo à agricultura tropical brasileira na evolução da oferta de alimentos no mundo. Atualmente, é presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), embaixador da Boa Vontade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e presidente do Instituto Fórum do Futuro.

Fonte: Ascom Seapa