Agricultora de 88 anos é referência na família de produtores de café em Varginha (MG)
Hoje, o trabalho é desenvolvido junto a filhos e netos. Dona Maria lembra que a sucessão familiar na propriedade vem de várias décadas. Sentada em frente de casa, ela conta as histórias do tempo em era bem jovem e já ajudava o pai na fazenda.
“Eu buscava as vacas para o meu pai, de madrugada. Enquanto ele fazia café, eu ia buscar as vacas para tirar leite. Eu tinha medo de ir sozinha, porque era longe. Ia com a luz de querosene buscar as vacas no escuro. Desde cedo trabalhava na enxada, capinava arroz”, relembra.
Cenário
Atualmente, a criação do gado leiteiro não existe mais. Além do café, a família também cultiva pequenas lavouras de outros produtos “Aqui a gente plantava mandioca, batata. Agora é quase só café. Tem feijão e também plantamos um pouquinho de milho”, conta dona Maria Isolina.
A produção de café da fazenda Mato da Onça é de 300 sacas por ano, vendidas para cooperativas da região. Recentemente, a família começou também a produzir cafés especiais. O resultado já apareceu, com a vitória no 4º Concurso de Cafés Especiais da Cooperativa dos Produtores de Café Especial dos Martins (Coopercafem).
Maicon de Souza, de 25 anos, é o neto mais novo da dona Maria Isolina que trabalha com a produção de café na propriedade. Ele conta que são oito pessoas da família trabalhando na lavoura. “Meu bisavô foi o primeiro a começar a mexer com o café. Depois passou para minha avó e meu pai também foi seguindo os passos. Hoje, eu e minha irmã estamos acompanhando eles, e trabalhando na lavoura. Então tem a minha avó, tem pai, mãe, tio, irmãos, genro, esposa”, comenta.
O produtor afirma que a avó ainda faz questão de trabalhar com o café. “O serviço de mexer o café no terreiro para secar é ela que gosta de fazer”, diz.
30 anos com a Emater-MG
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) faz parte da história da família de dona Maria Isolina. Ao todo, os técnicos da empresa em Varginha prestam assistência há três décadas, aproximadamente, na propriedade. “A Emater-MG é como se fosse um braço direito nosso. Estão sempre prontos a nos ajudar. É muito gratificante ter a empresa nos acompanhando na lavoura”, afirma Maicon de Souza.
Fonte: Agência Minas Gerais