Workshop discute remuneração recebida pelos cafeicultores das regiões Sul e Sudoeste de Minas Gerais

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Com o objetivo de validar o estudo conduzido pelos professores Alexandre Barbosa e João Paulo Veiga da Universidade de São Paulo (USP), foi apresentado durante o evento, informações referentes ao cálculo de uma remuneração de subsistência para os trabalhadores permanentes da cafeicultura no Sul e Sudoeste de Minas Gerais. Também foram apresentados dados sobre a remuneração efetiva recebida pelos trabalhadores rurais nestas regiões. Os dados foram obtidos a partir de uma metodologia desenvolvida pelos pesquisadores Richard Anker e Martha Anker para calcular o “Living Wage”, ou um salário de subsistência que possibilite uma vida digna aos trabalhadores rurais, ou, como foi chamado no evento, um salário de “bem-estar”.

Professores, pesquisadores, consultores especializados em certificação do café e representantes de cooperativas e sindicatos de trabalhadores rurais do Sul e Sudoeste de Minas Gerais participaram do evento, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a Agência de Inovação do Café (InovaCafé) foram representados pelo professor do Departamento de Administração e Economia, Paulo Henrique Leme, que foi convidado para debater os resultado e contribuir com o estudo, tendo em vista suas contribuições com pesquisas desenvolvidas na UFLA sobre certificações de café.

De acordo com Paulo, o objetivo desta metodologia e dos resultados deste trabalho é divulgar publicamente qual o valor mínimo necessário para um salário básico decente, ou “salário de bem-estar” para os trabalhadores permanentes na cafeicultura, de modo a impulsionar oportunidades e a colaboração em torno deste objetivo. Por outro lado, os financiadores deste projeto não desejam que os parâmetros devam ou venham exceder direitos adquiridos por meio de acordos coletivos, mas que sirvam como ferramenta de apoio ao diálogo.

Durante o workshop, os parâmetro e resultados do trabalho foram discutidos pelos presentes, bem como a situação do mercado de cafés certificados no Brasil. A divulgação será realizada através da publicação de um relatório que será fruto do estudo e do workshop, ambos financiados pelo Ministério de Relações Exteriores dos Países Baixos e que conta com o apoio gerencial da UTZ Certified, organização não governamental que é membro da “The Global Living Wage Coalition” ligada a Associação Global para padrões de sustentabilidade (ISEAL ALLIANCE). “O resultado deste estudo poderá demonstrar ao mundo como o Brasil se posiciona em relação ao bem-estar dos trabalhadores da cafeicultura”, explica Paulo.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Agência de Inovação do Café – Inovacafé (Vanessa Trevisan) / Universidade Federal de Lavras (UFLA)

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