Volatilidade das cotações e câmbio limitam negócios com café, diz Carvalhaes

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Em semana mais curta com feriados no Brasil e nos Estados Unidos, operações foram feitas apenas para cumprir compromissos de curto prazo

A volatilidade das cotações internacionais de café e da cotação do dólar em relação ao real dificultam a realização de negócios no mercado físico brasileiro, onde a liquidez tem sido reduzida. A avaliação é do Escritório Carvalhaes, feita em boletim semanal de mercado, ressaltando que a semana é mais curta, com o feriado nos Estados Unidos na segunda e no Brasil, nesta sexta-feira (7/9).

“Continuou o sobe e desce das cotações do café na ICE e do dólar frente ao real. Oscilam rápido e com força, dificultando a realização de um volume maior de negócios no físico brasileiro. Mesmo assim, apesar das ofertas baixas, as vendas internas vão acontecendo”, diz o Escritório Carvalhaes.

Segundo a empresa, os negócios tem sido realizados em função da necessidade do produtor cumprir contratos. Com a colheita no final, as despesas de mão-de-obra, beneficiamento e armazenagem praticamente obrigam o cafeicultor a fechar operações no atual cenário de mercado.

“Os cafeicultores brasileiros mostram grande apreensão com os preços do café em queda e dos principais insumos para sua produção em forte alta. Na semana passada o óleo diesel foi reajustado em 13% e o frete em 5% na média. Fertilizantes, defensivos, combustíveis e energia elétrica sobem com força enquanto especuladores derrubam o preço do café em Nova Iorque”, diz.

O Escritório Carvalhaes questiona o atual cenário dos preços internacionais. De acordo com a empresa, o consumo de café segue crescendo no mundo e “quebra recorde a cada ano, na melhor fase de sua história”. A demanda continua a crescer mesmo nos mercados tradicionais, ao mesmo tempo em que a China vem sendo vista como nova “frente de batalha” do setor.

No boletim, menciona declarações de representantes de grandes empresas do setor, otimistas em relação ao mercado da bebida. “Os cafeicultores em todo o mundo vêm os preços do café verde serem mais pressionados a cada semana e são deixados fora dessa grande ‘festa’”, pontua a empresa, no comunicado.

Exportações

No boletim semanal, e Escritório Carvalhaes estima que as exportações de café do Brasil encerraram o mês de agosto com um volume maior do que 3 milhões de sacas de 60 quilos, considerando o produto em grão e industrializado (torrado e moído e solúvel). Destaca que, em ciclo agrícola de safra cheia, como o da atual colheita, é comum os embarques aumentarem a partir do segundo semestre do ano.

“Até dia 5, os embarques de agosto estavam em 2.455.216 sacas de café arábica, 501.491 sacas de café conillon, mais 285.812 sacas de café solúvel, totalizando 3.242.519 sacas embarcadas, contra 2.048.393 sacas no mesmo dia de julho”, diz a empresa.

Fonte: Globo Rural

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