VBP de Minas cresceu 9,3% em outubro
Neste ano, a agricultura vem respondendo por 66,28% do VBP total do Estado e a pecuária por 33,72%.
O VBP da agricultura alcançou R$ 38,6 bilhões aumento de 20,84% sobre o valor de R$ 32 bilhões registrados em igual período de 2015. O resultado foi impulsionado pelo bom desempenho de importantes produtos agrícolas, como o café, soja, milho e feijão.
A coordenadora da Assessoria Técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso, explica que neste ano a evolução do VBP estadual ocorreu pela valorização dos preços.
“Ainda que tenha sido verificada seca bem forte em todo Estado, fazendo com que a produção e a produtividade caíssem, principalmente nos grãos, os preços de muitos produtos, como o milho e a soja, por exemplo, garantiram o maior percentual de crescimento no VBP”, explicou Aline.
No caso do café, principal produto do agronegócio de Minas Gerais, o faturamento estimado ficou em R$ 14,27 bilhões, valorização de 26,78%. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma colheita de 28,936 milhões de sacas de 60 quilos na safra atual, volume 29,74% superior, o que estimulou o crescimento do VBP. Mesmo com a safra maior, os estoques limitados e a demanda em alta têm mantido os preços do café em patamares elevados, o que também sustenta o crescimento do VBP.
O faturamento esperado com a produção do café arábica é de R$ 14,1 bilhões, alta de 27%. Já no conilon a tendência é de estabilidade, com o VBP estimado em R$ 122,8 milhões.
A soja também apresentou resultado positivo. O VBP foi estimado em R$ 5,83 bilhões, crescimento de 41,46% sobre os R$ 4,1 bilhões registrados em igual período do ano anterior. No caso do milho, a elevação chegou a 22,58%, com o faturamento de R$ 3,78 bilhões. O VBP do feijão, R$ 1,9 bilhão, subiu expressivos 31,9%.
“Ao longo do ano, tanto o milho como a soja apresentaram preços mais altos, impulsionados pela demanda do setor pecuário. Os produtores também foram favorecidos pela desvalorização do real frente ao dólar, o que estimulou as exportações destes produtos. No caso do feijão, os problemas climáticos e a demanda alta estimularam os preços”, disse Aline.
Destaque também para a banana, cujo VBP alcançou R$ 1,5 bilhão, alta de 36,3%. O VBP da batata-inglesa aumentou 77% somando R$ 3,26 bilhões.
“Verificamos aumentos na produção e nos preços da banana e da batata, o que provocou o aumento do VBP”, explicou.
O VBP da cana-de-açúcar foi estimado em R$ 4,98 bilhões, incremento de 2%. Além da produção maior, os preços do açúcar em alta contribuíram para o resultado. “Com o cenário mais positivo para o setor, existe a sinalização de retomada de usinas que estão fechadas”.