USDA faz previsão conservadora e estima safra brasileira 2014/15 em 49,5 mi de sacas

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O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou sua estimativa para a safra brasileira de café em 49,5 milhões de sacas, número bem acima da média de estimativas feitas por grupos como o Citibank (44,2 mi /sacas), Volcafe (45,5 mi/sacas) e Procafé (40,1 a 43,3 mi/sacas).

Apesar de apresentar um número conservador, o departamento está considerando uma redução de 4,2 milhões de sacas em relação à safra brasileira do ano passado, que foi de 53,7 mi / sacas. O USDA justifica a previsão explicando que “A produção do Brasil vai cair, mas não muito, já que a safra da variedade robusta (conilon) deve ser recorde e poderá compensar as perdas na produção de arábica”.

Esta é a primeira redução na produção de café do Brasil desde 1994, em um ano considerado de ‘boa produtividade’.

Produção de robusta
O USDA informou que as áreas produtoras de café robusta – variedade negociada na Bolsa de Londres e considerada de qualidade mais baixa – não sofreram tanto o impacto da seca quanto o arábica, produzido prioritariamente em Minas Gerais.

A safra de robusta foi prevista em 16,4 milhões de sacas, o que representa um aumento de 2,1 mi / sacas na comparação de ano a ano.

Seca prolongada danifica pés de café
A previsão do USDA para a safra brasileira de arábica, considerada ‘extremamente otimista’ pelo, é de 33,1 milhões de sacas, indicando uma queda de 6,3 milhões/ sacas na comparação anual. As estimativas do Citigroup, divulgadas em abril, apontavam para um volume de 27,55 milhões de sacas.

O departamento considera também os efeitos mais graves provocados pela seca prolongada e por danos climáticos anteriores. “A seca prolongada e as temperaturas altas registradas em janeiro e fevereiro, principalmente nos estados de Minas Gerais e São Paulo, afetaram significativamente o desenvolvimento e o enchimento dos grãos… Além disso, produtores relatam a erradicação das árvores no estado do Paraná, como consequência da geada do ano passado e a redução dos tratos culturais por conta dos preços baixos praticados em 2013”.

Além disso, informa que a extensão dos efeitos da seca sobre o crescimento vegetativo dos ramos ainda “ainda não estão claros e só estarão estabelecidos depois da colheita, quando será possível saber com certeza qual é a qualidade e o peso dos grãos colhidos”.

Estimativa da Conab
As informações do USDA foram divulgadas logo antes da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que divulga sua próxima previsão no próximo dia 15. A primeira previsão da Conab foi publicada em janeiro, quando os efeitos da seca prolongada ainda não estavam tão evidentes, e apontada para uma safra entre 46,53 a 50,15 milhões de sacas.

Informações: Agrimoney
Tradução: Fernanda Bellei

Fonte: Notícias Agrícolas

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